segunda-feira, 30 de junho de 2008

Viagens e Contratempos

Em pleno mês de Junho, era normal encontrar o rosa pálido dos campos, o verde dos prados e das encostas das montanhas, o espectáculo do despertar da natureza que convidam a passear tranquilamente pela praia, a desfrutar de novos perfumes e sabores, a rasgar a espuma das ondas mediterrânicas, a parar em qualquer bar de tapas para refrescar e recuperar. Mas, desta feita, o tempo deu-me as voltas e os pingos de chuva foram superiores aos raios de sol.
Volvidos 14 anos, regressei à maior ilha das baleares, pois quando se guardam gratas recordações há sempre ensejo para revisitá-las.
Deixei as habituais zonas de C´an Pastilla e Arenal e fixei amarras na Baía de Alcudía, na Praia de Muro, local agradável, tranquilo e reconfortante. Os Ingleses e Alemães invadiram esta estância, pelo que se nota uma abordagem turística discriminatória, pois, a título de exemplo, um passeio pela ilha só para Ingleses de Sua Majestade fica por 19 euros, enquanto que para os restantes se situa nos 49 euros.
Mesmo assim, apesar da chuva e da discriminação, foi agradável pois quando o corpo e o espírito anunciam debilidades é preciso reforçá-los com novos projectos com mais cor, luz e ambiente.

domingo, 29 de junho de 2008

FESTA DE S. BENTO

Nos dia 11 e 12 de Julho, a Direcção Regional da Cultura do Norte e o Mosteiro de São Martinho de Tibães organizam a Festa de S. Bento.

No primeiro dia terá lugar um conto infantil e atelier sobre a vida de S. Bento; a inauguração da instalação «Labor e Assombro»; e um Jantar de São Bento. No segundo dia, uma prova de doces conventuais com animação musical.
S. Bento viveu em princípios da Idade Média. Nasceu em 480 e morreu em 547.
S. Bento foi grande pela fundação da ordem dos beneditinos e pela redacção da sua Regra Monástica de Oração e Trabalho. Bastará citar a Abadia de Cluny, a de Fontanelle na Normandia, a de Saint-Sur-Loire, todas em França; Monsarrate no Rio de Janeiro, de São Sebastião na Baía, e da Assunção em São Paulo.
Em Portugal, a partir da segunda metade do século VI, as Abadias de Lorvão, Arouca, Tibães e Tarouca. A partir de 1170 a de Alcobaça e a seguir a de Bouro.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Imagens do I Pedy-Paper «Ao encontro do Património de Braga»




































quinta-feira, 19 de junho de 2008

Centenas de Concorrentes no Peddy-Paper

A EB 2/3 Frei Caetano Brandão, em Maximinos, realizou o I Peddy-Paper, subordinado ao tema «Ao encontro do Património de Braga», no dia 19 de Junho de 2008.
Esta actividade foi promovida pelo Departamento de Ciências Sociais e Humanas e teve como objectivos: o fomento do convívio e das relações saudáveis entre todos os concorrentes; o fortalecimento dos laços inter-ciclos do agrupamento e entre os diferentes intervenientes do processo educativo; o desenvolvimento de iniciativas de carácter educativo, cultural e lúdico, de modo interdisciplinar; a promoção da Educação para o Património nas diversas vertentes cultural, construído e ambiental; a aplicação de conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas do currículo escolar.
Os concorrentes distribuíram-se por 48 equipas e eram constituídas por alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclos, professores, funcionários e encarregados de educação.
Cada equipa, munida de um mapa da cidade e de uma bateria de questões, tomou contacto com diversos locais de interesse patrimonial, nomeadamente, o Arco da Porta Nova, a Câmara Municipal de Braga, a Arcada da Lapa, o Largo Carlos Amarante, o Largo de Santiago, o Largo de S. Paulo, a Sé Catedral e o Largo Paulo Orósio.
No final do Peddy-Paper, todos os concorrentes foram premiados com um diploma de participação e um lanche de convívio, oferecido pelo Conselho Executivo, enquanto que as três melhores equipas subiram ao palco, receberam as ovações dos restantes concorrentes e prémios significativos.
Também quatro avôs concorrentes, em representação dos encarregados de educação, receberam medalhas comemorativas dos 25 anos da fundação da escola.
Dado o envolvimento de toda a comunidade educativa e do sucesso alcançado estão lançadas as sementes para a continuação desta iniciativa no próximo ano lectivo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Peddy-Paper «Ao Encontro do Património de Braga»

A EB 2/3 Frei Caetano Brandão, em Maximinos, vai realizar o I Peddy-Paper, subordinado ao tema «Ao encontro do Património de Braga», no dia 19 de Junho de 2008, com início às 9 horas.
Para além do convívio e das relações saudáveis entre todos os concorrentes, do fortalecimento dos laços inter-ciclos do Agrupamento Vertical de Escolas a Oeste da Colina, pretende-se promover a Educação para o Património nas diversas vertentes e a aplicação de conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas do currículo escolar.
Cada equipa envolve 10 elementos, alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclos e dois adultos (professores, funcionários e encarregados de educação).
Neste momento estão constituídas 49 equipas, que envolvem 490 pessoas.
Cada equipa, munida de um mapa da cidade, irá contactar com oito locais diferentes, com interesse patrimonial, onde terão de realizar determinadas actividades: Arco da Porta Nova, Câmara Municipal de Braga, Arcada da Lapa, largo Carlos Amarante, Largo de Santiago, Largo de S. Paulo, Sé Catedral, Largo Paulo Orósio.
No final do Peddy-Paper haverá um lanche de convívio, oferecido pelo Conselho Executivo. Trinta minutos após o termo do peddy-paper serão entregues os prémios às três melhores equipas. Todas as equipas concorrentes terão um diploma de participação.
Dado o envolvimento de toda a comunidade educativa, esperamos que a prova se revista de sucesso para que no próximo ano possamos realizar o II Peddy-Paper e com objectivos mais ambiciosos.

domingo, 15 de junho de 2008

GRANDE CORTEJO DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS


A chuva não estava na previsão da organização. O ambiente morno motivado pela chuva miudinha e persistente não arrefeceu os corações dos habitantes desta freguesia para a angariação de verbas para a Construção do Centro Social Paroquial de Mire de Tibães.
Neste dia 16 de Junho, teve início às 14.30 horas no lugar de Ruães com chegada ao Mosteiro de São Martinho de Tibães, um animado cortejo cuja receita reverterá para o Centro Social, em construção, com as seguintes valências: 15 lugares para mini-lar, 30 lugares para centro de dia, 30 lugares para apoio domiciliário. O custo desta obra é de 800.000 euros. O Estado, através do Programa Pares (Segurança Social) comparticipa com 388.000 euros.
Felicito as Mulheres em Movimento que dão voz a estes anseios e tudo fazem para erguerem esta obra, ao serviço dos mais idosos, um verdadeiro hino à solidariedade.

A EDUCAÇÃO NO ESTADO NOVO

O Departamento de Ciências Sociais e Humanas e o Grupo Disciplinar de História, da EB 2/3 Frei Caetano Brandão, no âmbito do seu plano curricular, propõe uma abordagem ao Estado Novo, fazendo um retrato do regime, com um conjunto de actividades: uma conferência; uma exposição e a publicação de uma brochura.
Aproveitamos esta excelente iniciativa, para apresentar algumas ideias-chave da política educativa do Estado Novo, política fundamental num Poder Executivo forte e autoritário que não depende de partidos políticos.
A “Educação” numa cidadania livre e solidária deve contribuir para a formação de indivíduos com espírito crítico que defendam os princípios de vivência democrática. Nesta sociedade são fundamentais os deveres e os direitos dos cidadãos: liberdade de opinião, de expressão, de associação e de reunião.
Mas nem sempre a «educação» foi utilizada no âmbito destes princípios, antes, pelo contrário, no Estado Novo, regime que vigorou entre 1926 e 1974, a Educação limitava e castrava o espírito criador, democrático e libertador e subordinava-se a uma ideologia que afirmava:
- o mestre como um modelador de almas, para educar politicamente;
- o livro escolar como principal ordenador da cultura, da memória e da acção escolares;
- a utilização de estratégias de endoutrinação de valores;
- a Trilogia da Educação Nacional «Deus, Pátria, Família», como síntese da pedagogia e da educação moral do regime;
- a apologia de um lar perfeito, rústico, humilde, analfabeto, patriarcal, cristão;
- a simples vida do campo, por oposição aos vícios gerados pela vida urbana;
- a mulher submissa, que cumpre a sua missão de esposa e mãe;
- o pai, chefe de família, que chega do campo onde labuta para angariar o sustento da casa;
- o crucifixo, o pão e o vinho sobre a mesa.
Nessa tela, ou retrato do regime, a escola figura como um palco privilegiado para a inculcação, para a endoutrinação moral, para a imposição de lições, princípios e valores.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

«O Mocho» De Tibães e « O Problema de Deus » (8)

É sobre o capítulo III do livro de Diamantino Martins O Problema de Deus, que António Gonçalves expõe, abertamente, o seu pensamento sobre «Que é Deus?».
Uma vez que o Sacerdote Jesuíta introduz este capítulo com uma citação de Heidegger «Ser e Deus não são idênticos», também António Gonçalves parte deste pressuposto. Diz A. Gonçalves que Heidegger tem razão porque uma pedra também é, o que é, mas não é Deus. Uma coisa é ser, outra coisa é existir. «Penso, logo, existo». Para existir é necessário o pensamento e a consciência.
Não é Deus que tem de ser pensado e demonstrado em função do ser: é o ser que tem de ser demonstrado em função de Deus.
Continua A. Gonçalves, é possível que nisto Heidegger tenha razão. Porquanto, sendo Deus idêntico ao ser, ou à síntese de todos os seres, talvez esta identidade equivalesse ao panteísmo. Em vez de ser idêntico ao ser, Deus é criador do próprio ser e de todos os seres passados, presentes e futuros. Numa palavra, Deus é a fonte do ser. Deus é supra ser. Deus é a fonte viva do ser, de tudo o que é. Nada se adianta com identificar Deus com o ser, porque o verbo ser, sem predicado algum, é vazio de sentido, não é nada. Ser é um verbo substantivo. Identificando Deus com a substância, cairíamos no panteísmo de Espinosa. Concordo, escreve A. Gonçalves, com Heidegger, nas suas reservas: o ser, sem qualquer predicado, não é nada.
Deus não tem natureza porque não nasceu: é eterno e sobrenatural. Os seres nasceram. Quantas vezes, desabafa ele, eu tenho dito a mim mesmo, que a existência do homem constitui uma prova profunda da existência de Deus e que a ciência do homem seria impossível sem a existência de Deus.
Não será o Ser uma abstracção de todos os seres? Se assim é, tem Heidegger razão, porque Deus não pode ser uma abstracção.
Sabemos que Deus existe (problema da existência), mas não sabemos o que Ele é (mistério da essência de Deus).