terça-feira, 31 de agosto de 2010

COUTO DE TIBÃES (4)

Em reunião da Câmara de Braga, datada de 18 de Janeiro de 1837, é dado conhecimento da cessação de funções dos extintos coutos de Pedralva, Vimieiro e Tibães.
A Câmara de Braga, em 25 de Fevereiro de 1837, solicita às Câmaras dos coutos dissolvidos para enviarem os inventários para se proceder ao seu arquivo.
Com a extinção da Câmara do Couto de Tibães, vários objectos e utensílios foram entregues ao cuidado da Câmara de Braga.
O Presidente da Câmara de Braga dá conhecimento, em reunião de Câmara datada de 10 de Dezembro de 1847, de um pedido do Governo Civil pedindo para que o património do extinto Couto de Tibães reverta a favor do Estado. A liquidação do património do Couto de Tibães ficou por sete mil e duzentos e noventa e quatro réis a pagar pela Câmara, mas dado que a Câmara não obtinha rendimento das freguesias que pertenciam ao extinto Couto de Tibães, agora anexadas ao Município de Braga, julga-se sem obrigação de pagar quantia alguma .
De acordo com um ofício n.º 69, do Governo Civil, datado de 18 de Março de 1857, é aprovada a venda da casa da cadeia do extinto Couto de Tibães.

BAIRRO DE RUÃES

Em 5 de Julho de 1945, a Direcção da Companhia Fabril do Cávado pede à Câmara autorização para construir um bairro operário no lugar de Ruães.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

AFORAMENTO DO MONTE DE S. GENS

Através do ofício n.º 33, de 14 de Outubro de 1851, da Câmara de Braga, enviado ao Governo Civil, os Moradores de Mire de Tibães pedem para aforar o Monte denominado de S. Gens de Cima e de S. Gens de Baixo, para através desse rendimento o aplicarem em cera, azeite, lavagem de roupas e outros misteres do culto divino.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

FONTE DA MARIANA

Na vizinha freguesia de Padim da Graça, por trás da Sede dos Águias da Graça, encontramos a Fonte da Mariana construída pelos monges negros de Tibães, que abastecia a água do quintalejo e das azenhas.
O quintalejo era um jardim de recreio dos monges, com chafariz e tanques de água e flores. A foto mostra-nos o passadiço por onde era conduzida a respectiva água. Era aqui que começava o caminho dos monges até ao convento.
Hoje quase nada resta desta centenária fonte.
Agradeço a presente informação ao Sr. João Correia Ferreira de Padim da Graça.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

TIBÃES E A ORDEM BENEDITINA EM 1763

Conventos de religiosos
S. Martinho de Tibães, Braga, ano 562, fundação ano 1080
S. Bento da Saúde, Lisboa, ano 1598
Colégio de S. bento, Coimbra, 1551
S. Tirso de Riba D’Ave, Porto, ano 713, fundação ano 965, Reedificação ano 1094
Santa Maria, Pombeiro, ano 900, Fundação ano 1041
Salvador de Paço de Sousa, Arrifana, ano 1088
S. Miguel de Refojos, Basto, ano 669
S. André de Rendufe, Amares, ano 1107
Salvador de Travanca,Amarante, ano 1009
S. Bento dos Apóstolos, Santarém, ano 1571
S. João da Pendurada, Porto, ano 1014
S. Romão, Neiva, ano 1100
Salvador de Ganfei, Valença, ano 690, Reedificação ano 1018
S. Miguel de Bostelo, Arrifana, ano 1039
Santa Maria de Carvoeiro, Viana, ano 805
Salvador de Palme Barcelos, ano 1028
S. João de Arnoia, Amarante, ano 1033
S. Martinho do Couto, ano 1177
Santa Maria de Miranda, Ponte de Lima, ano 659
S. João de Cabanas, Caminha, ano 564
Colégio de N. S. da Estela, Lisboa, ano 1574
Mosteiro de Religiosas
Santa Maria, Aves, ano 1059
Salvador de vairão, Porto, ano 1110
N. S. da Assunção Semide, ano 1150
Santa Ana, Viana, ano 1502
S. Bento, Porto, 1518
S. Bento, Porto, 1550
S. Bento, Monção, ano 1550
S. Bento, Coimbra, 1555
O Bom Jesus, Viseu, ano 1560
S. Bento, Murça, ano 1587
Santa Escolástica, Bragança, ano 1590
N. S. da Purificação, Moimenta da Beira, ano 1596
Salvador, Braga, ano 1602.

domingo, 22 de agosto de 2010

FILHO DA TERRA COMEMORA BODAS DE OURO

João Cardoso Oliveira, natural da freguesia de Tibães, comemorou, ontem, nesta freguesia o seu jubileu sacerdotal. A sua missa de ordenação sacerdotal teve lugar na Sé de Braga no dia 21 de Agosto de 1960.
Membro de uma família numerosa (23 irmãos), nunca esqueceu a terra onde nasceu.
A sua vida e as suas obras identificam o homem e a obra: pároco de Cabanamaior, Grade e Carralcova (1960-1964); Coadjutor em Ponte de Lima (1964-1968); pároco de Anais e Queijada (1968-1983); pároco de S. Martinho de Gandra (1983-1987); pároco de Areosa (1987 até ao presente).
Estive presente nesta comemoração, sobretudo, pelo carinho que sempre teve com a minha pessoa. Recordo as férias que passei em Cabanamaior, nos Arcos de Valdevez, na sua companhia.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

CÓNEGO JOSÉ MARQUES, BOM JESUS DO MONTE

(Texto lido na Missa do 7.º dia, no Santuário do Bom Jesus do Monte, em 17-08-2010)

Serve a presente mensagem para, em nome da confraria do Bom Jesus do Monte, prestar uma singela homenagem e a nossa gratidão ao Presidente Honorário da Confraria, Cónego Doutor José António Gomes da Silva Marques.
Poderíamos destacar algumas das funções exercidas, Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico, Chefe da Secretaria Arquidiocesana, Capelão, Pároco, Professor de Direito Canónico e de Teologia Moral, Director das Revistas «Teologia», «Palavra e Vida» e «Celebração Litúrgica», Vigário Geral e Vigário Episcopal para a Educação da Fé, Capitular da Sé de Braga, mas é como Juiz-Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, durante mais de 21 anos, que a nossa Memória o recorda e que nunca se desvanecerá com o decorrer do tempo.
Quando falamos de história, temos o costume de nos refugiar no passado. A história não tem presente, apenas o passado que se vai precipitando para o futuro. É no passado remoto, já lá vão quase quatro séculos que encontramos a criação e a origem da confraria. Muitos foram os seus timoneiros. A história não vai esquecer um dos Juízes-Presidentes que mais tempo permaneceu neste cargo, que merece figurar na Galeria dos Grandes Presidentes e Benfeitores desta confraria.
A história julga não só os resultados mas também os seus propósitos. A ele se deve, a concepção, os projectos, o arranque e o enquadramento das obras de reabilitação do Bom Jesus do Monte que se realizaram ultimamente.
Não olvidamos o amor que nutria pela beleza da estância, pela riqueza do seu património, pela devoção à Cruz e ao Bom Jesus do Monte, como alguém que intuiu o chamamento de Deus e procurou corresponder, no dia-a-dia, a esse chamamento.
Acompanhámo-lo nos seus sonhos, nas suas preocupações, na preservação do legado dos nossos antepassados.
Envolveu-se intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Lutava contra as burocracia dos gabinetes, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste.
Se nos faltam as virtudes não temos nada. No convívio e nas relações imprimidas na Confraria, as suas qualidades essenciais mereciam a nossa admiração. Recordamos a sua frontalidade, a atenção e a sensibilidade que prestava a tudo o que girava em seu redor, ou seja, era um «amigo do seu amigo». Não concebeu o ministério sacerdotal como mero trabalho à procura de resultados pessoais, pois a razão de ser da nossa vida é a humanidade através duma mediação de serviço e doação.
O Bom Jesus era o centro da sua vida, mesmo quando a adversidade e a doença lhe bateram à porta. Dias antes da sua morte, da sua passagem para a vida eterna, veio celebrar a este santuário, à semelhança de tantas e tantas vezes. Veio dizer um até já ao Bom Jesus do Monte, pois, em conversa, desabafou que seria a última vez que celebraria neste templo.
Foi, com certeza, a última vez que peregrinou até esta estância, mas que se prolonga, agora, na Estância Celeste do Bom Jesus.
José Carlos G. Peixoto

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ABADE BENTO DE TIBÃES ESPECIALISTA EM MEDICINA

D. Gaspar de Bragança, Arcebispo de Braga, era filho natural de D. João V e da religiosa Madalena Máxima de Miranda Henriques.
Durante 31 anos permaneceu à frente da Arquidiocese de Braga.
A 9 de Janeiro de 1789 D. Gaspar adoeceu gravemente com «hum defluxo cataral», de que já se queixava há alguns dias. Na noite de 13 de Janeiro, não sentindo melhoras, apesar dos tratamentos que lhe foram aplicados pelos médicos de Braga. O arcebispo foi assistido por médicos de Guimarães e pelo abade Bento, mandado vir de Tibães, que exercera Medicina na cidade do Porto. Veio a Falecer num Domingo, dia 18 de Janeiro de 1789.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

AO SOM DO PIANO

Estavas com um longo vestido vermelho,
Corpo elegante,
Cabelo comprido
Apanhado num puxo.

Com pele clara,
E dedos esguios
Que deslizavam pelo cabelo.

Balançavas
Ao som dos acordes musicais,
Com movimentos expressivos.

Mas deixaste-te levar pelo som da música.