terça-feira, 27 de setembro de 2011

PEDRO JOSÉ DA SILVA GRANDE BENFEITOR DO TEMPLO DO BOM JESUS

Artigo publicado no Correio do Minho de 27 de Setembro de 2011

Escrevemos, neste jornal, no passado dia 20, um artigo sobre o bicentenário da colocação da última pedra no templo do Bom Jesus do Monte pelo Grande Benfeitor Pedro José da Silva.
Vários motivos estiveram na base da construção deste novo santuário: o templo demolido de D. Rodrigo de Moura Teles prometia pouca duração pois encontrava-se em ruína; não cabiam todos os romeiros que acorriam ao santuário, como aconteceu no jubileu; o povo, a partir do templo, não desfrutava das melhores vistas; é incómodo e não oferecia as melhores Foto 2condições para os peregrinos; também porque, sendo pequeno, não apresentava um equilíbrio com a parte monumental envolvente, concretamente, o escadório e a estatuária.
Para erigir este novo templo foram fundamentais os peditórios para a obtenção de meios em todo o continente e colónias; as autorizações e provisões régias; as licenças de D. Gaspar para os lavradores, oficiais e jornaleiros poderem trabalhar aos Domingos e Dias Santos, com dispensa das censuras eclesiásticas; a autorização de corridas de touros pelo Senado Bracarense; a acção e apoio económico de D. Gaspar de Bragança; os donativos dos benfeitores que suportaram economicamente as obras do templo, em especial, os comerciantes de Lisboa, Porto, Braga e Brasil.
Foi construído, em parte, no pontificado do Arcebispo-Príncipe D. Gaspar de Bragança. Com a morte do Arcebispo D. Gaspar e do Juiz Presidente da Confraria Pedro Borges Pacheco Pereira os ânimos esmoreceram, o entusiasmo inicial mostrou quebras e os meios escassearam. Foi, então, que a construção do novo templo ganha novo fôlego, sobretudo, com os avultados donativos de Pedro José da Silva que permitiram a conclusão do templo. As maiores dádivas saíram da mão poderosa e magnânima deste opulento comerciante da praça de Lisboa, que transaccionava directamente com a Índia e com navios próprios.
Se Carlos Amarante concebeu, Pedro José da Silva deu-lhe corpo.
Pedro José da Silva nasceu em S. Jerónimo de Real, a 12 de Novembro de 1758 e faleceu a 17 de Março de 1834. No fim da vida, trocou o bulício de Lisboa pelo sossego da sua aldeia, onde morreu solteiro e jaz na Igreja de S. Frutuoso.
Pagou durante muitos anos a 14 operários (pedreiros) que trabalhavam diariamente no santuário. Sendo muito dispendioso o projecto de Carlos Amarante para o retábulo da capela-mor, ofereceu-se para pagar metade da sua importância. Oferece avultadas quantias para o novo retábulo, para pagamento dos oficiais, artistas e operários das obras. Chegaram a trabalhar no templo 30 operários cujos ordenados corriam à sua conta. Deu, ainda, por várias vezes, esmolas avultadas, imagens, figuras, jóias de oiro e prata, alfaias de damasco e veludo, e legou, também, uma quantia importante ao santuário. São, também, dádiva sua as dez figuras que estão no Calvário, por detrás do altar-mor.
É um dos primeiros trinta negociantes, eram 234 na totalidade, que se apressaram a pagar a Junot o empréstimo decretado em 3 de Dezembro de 1807. Esta pressa tem a ver com possíveis represálias no caso do não cumprimento das ordens do general napoleónico, ou a incontidas simpatias.
Em 22 de Novembro de 1811, o grande benfeitor Pedro José da Silva oferece seis sinos para as torres, bem como duas telas, uma dedicada aos lavradores que concorreram, gratuitamente, com os seus carretos, outra com o retrato do Marquês de Marialva.
Em 5 de Julho de 1813, Pedro José da Silva solicita que se fizessem preces até à chegada da Índia do seu navio Santa Cruz. Pela chegada do respectivo navio, a Real Confraria do Bom Jesus determinou, em 19 de Julho de 1813, que se cantasse o Te Deum Laudamus em acção de Graças.
Pedro José da Silva obtivera da Coroa a substituição da Mesa da Confraria do Bom Jesus por outra de sua confiança, sob a presidência de D. Pedro de Meneses, Marquês de Marialva, também seu amigo pessoal, como se sabe da biografia de Sequeira e do episódio da prisão por jacobinismo.
Em 3 de Dezembro de 1814, foi apresentada uma carta do benfeitor Pedro José da Silva em que fazia a oferta do pagamento ao escultor João Monteiro da Rocha dos oito soldados por trinta mil reis em metal e dois ladrões a trinta e dois mil reis.
Tendo em conta a generosidade de Pedro José da Silva, a confraria decide colocar uma lápide comemorativa dos 100 anos do seu falecimento, em 1933, e em reunião de 17 de Março de 1934, decide comemorar o centenário da sua morte.

domingo, 25 de setembro de 2011

SAFARI FOTOGRÁFICO EM TIBÃES

No âmbito das jornadas europeias do património, participei, hoje, num percurso pelos montados de Tibães. Aqui fica um registo iconográfico, pois uma imagem vale mais que mil palavras.

Percurso1- Percurso Caminhantes2- caminhantes
Calçada do Pividal
3- Calçada do Pividal
Porta do Pividal4- Porta do Pividal
Mina da Cabrita – Caixa d’Água5- Mina da Cabrita - Caixa d´água Marco da Freguesia6- Marco da Freguesia - Monte Redondo
Marco
7- Marco
Data da Capela de S. Gens
8- Capela de S. Gens




Incêndio de 2011
10- depois do incêndio
Marcas
9- sombras
A vida continua
11- Incêndio de 2011
Despontar – Afloramento
12- despontar

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DO BARROCO

Para qualquer informação consultar o site http://www.congressobarroco.com/

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PROGRAMA

Quinta-feira, 20 de Outubro de 2011

8:30

Recepção e credenciação dos Congressistas

 

9:00

SESSÃO DE ABERTURA

- Professor Aurélio de Oliveira (Presidente da Comissão Cientifica)

o Entidades:

- Ex.a Reverendíssima D. Jorge Ortiga (Arcebispo Primaz de Braga)

- Eng. João Varanda (Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte)

- Dr. Mário Vilalva (Embaixador do Brasil)

- Eng. Mesquita Machado (Presidente da Câmara Municipal de Braga)

- Dr. António Magalhães (Presidente do Conselho Executivo do Quadrilátero Urbano)

- Arqt.a Paula Silva (Directora Regional da Cultura do Norte)

10:00

1.º TEMÁRIO GLOBAL - ECONOMIA E SOCIEDADE DO BARROCO (Sala Torre)

MODERADOR: Professor Gonçalo Vasconcelos e Sousa (U. Católica)

o O quadro económico nacional no período barroco: 1580-1820

- Professor Aurélio de Oliveira (Universidade do Porto)

o A sociedade no período barroco

- Professor José Viriato Capela (Universidade do Minho)

11:00

Pausa para café

Pausa para café

11:10

1.ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES - (Sala Torre)

MODERADOR: Professor Gonçalo Vasconcelos e Sousa (U. Católica)

o Beneditinos brasileiros e economia: intercessões nas realizações barrocas

- Professora Maria Olivera Hernandez (U. Federal da Bahia)

o O legado artístico e expulsão dos jesuítas nas Américas

- Professor Percival Tirapeli (Instituto de Artes da UNESP)

o Desenrolar os novelos do tempo na sociedade do barroco: A propósito dos Relógios Falantes de D. Francisco Manuel de Melo

- Professor Eduardo C. Cordeiro Gonçalves (CEDTUR/ISMAI) e Dr.a Maria Odete Gonçalves (CEDTUR/ISMAI)

o Alcobaça, um percurso barroco

- Doutor Valério Maduro (ISMAI-CEDTUR) e Doutor Rui Rasquilho (ex-Director do Mosteiro de Alcobaça)

o Uma dinastia barroca: estudo de uma família na governação do barroco

- Doutora Ana Sílvia Albuquerque (Universidade Portucalense)

o A "Escola Tibães" – mito ou realidade?

- Dr. Paulo João da Cunha Oliveira (Mosteiro de Tibães)

2.ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES - (Sala Casino)

MODERADOR: Professor Eugénio de Ávila Lins (U. Federal da Bahia)

o Sociabilidade cortesã, edificação moral e imaginário alimentar no barroco luso-brasileiro

- Doutor Paulo Silva Pereira (Universidade De Coimbra/CLP)

o A imagem e o desenho não visível na pintura de tetos de igrejas.

- Doutor Robson Santana Barbosa (U. Estadual de Feira de Santana)

o O barroco e as características singulares das Igrejas dos Mosteiros das Clarissas em Portugal

- Doutora Lígia Nunes (Universidade Lusófona do Porto)

o A arte depois de Trento: a apoteose da artificialização. O convento das chagas de Lamego

- Dra. Patrícia Brás (Museu de Lamego)

o O Protocolo Litúrgico e pujança decorativa: A sacristia na arquitectura conventual franciscana no Nordeste do Brasil Colonial

- Doutor Ivan Cavalcanti Filho (Universidade Federal da Paraíba)

o A Festa  no silêncio do Claustro.  Instrumento de devoção;   Instrumento de poder

- Dr.a Aida Maria Reis da Mata (Investigadora) e Dr.a Anabela Ramos (Mosteiro de Tibães)

o Camilo Castelo Branco: sentimentos e representações do Bom Jesus

- Professora Maria do Carmo Mendes (Universidade do Minho)

12:50

Debate

Debate

13:20

Almoço livre

Almoço livre

14:30

2.º TEMÁRIO GLOBAL - PLANOS, ALEGORIAS E ARQUITECTURA (Sala Torre)

MODERADOR: Professor José Manuel Tedim (Universidade Portucalense)

o Desenho e morfologia urbana da cidade de Braga Barroca

- Professor Miguel Bandeira (Universidade do Minho)

o A cidade barroca e sua expressão na América Ibérica

- Professor Rodrigo Baeta (Universidade Federal da Bahia)

15:30

16:10

16:20

3.ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Torre)

MODERADOR: Professor José Manuel Tedim (U. Portucalense)

o O espaço urbano do século XVIII no Rio Grande do Sul

- Professora Arqta. Luísa Durán Rocca (U. F. Rio Grande do Sul)

o Arquitectura religiosa em Minas Gerais nos anos 1750-1760

- Doutora Selma Melo Miranda (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)

Pausa para café

o Contextualização histórico-teológica do barroco

- Rev.do Cónego Doutor José Paulo Abreu (Universidade Católica)

o Os memorialistas do Bom Jesus do Monte

- Dr. José Carlos Peixoto (Confraria do Bom Jesus do Monte)

o O trânsito da cultura arquitectónica durante o século XVIII sob a óptica da produção da arquitectura religiosa nas Minas Gerais setecentistas

- Professor André Guilherme Dornelles Dangelo (Universidade Federal de Minas Gerais)

o A formação da inteligência na igreja portuguesa em meados do século XVIII - D. João de Magalhães e Avelar

- Doutor José António Oliveira (Instituto Politécnico do Porto/CETRAD)

o Apropriação, expropriação e ressemantização dos signos barrocos na arquitectura religiosa do interior do Brasil: dois estudos de caso adversos

- Doutor Sérgio Marcelino da Motta Lopes (Universidade Federal do Vale de São Francisco) e Dr.a Fernanda Contarini Maitam (Universidade Federal Da Bahia)

4.ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Casino)

MODERADORA: Professora Sylvia Athayde (Museu de Arte da Bahia/UFB)

o A Mobilidade dos Entalhadores em Braga e no Minho no período Barroco (1650-1750)

- Eduardo Pires de Oliveira (Biblioteca Pública de Braga)

o A Arte do Espectáculo, o Espectáculo da Arte. A Talha na dramatização do quotidiano

- Dr.a Joana Cascalheira (Universidade de Lisboa)

Pausa para café

o Os embrechados na estética barroca: de Portugal ao Brasil

- Dr. André Silva (Centro de Estudos de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo) e Dr.a Zeila Machado (U. Federal da Bahia)

o Jardins do Bem e do Mal: dualidade da alegoria barroca

- Doutora Sara Augusto (Universidade de Coimbra/ CLP/ FCT)

o O Terreiro de Jesus como experiência barroca: Configuração, percursos e efeitos visuais cenográficos actuais no Terreiro de Jesus em Salvador, Brasil.

- Dr. Daniel Paz (Universidade Federal da Bahia)

o A planta elíptica na arquitectura religiosa de origem Portuguesa: Contribuições para um novo enfoque na problemática relativa às suas origens

- Dr. Joaquim Rodrigues dos Santos (Universidad de Alcalá de Henares)

o A influência barroca nos cruzeiros das igrejas de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Bom Jesus Conselheiro

- Dr. Jadilson Pimentel dos Santos (Instituto Federal de Eucação, Ciência e Tecnologia da Bahia)

18:00

Debate

Debate

18:30

Encerramento

 

Sexta-feira, 21 de Outubro de 2011

9:00

3.º TEMÁRIO GLOBAL - SENTIMENTOS E REPRESENTAÇÕES DO BARROCO (Sala Torre)

MODERADOR: Professor Miguel Bandeira (Universidade do Minho)

o Sentimentos e representações do barroco

- Professor Vitor Serrão (Universidade de Lisboa)

o Em torno da festa no barroco

- Professor José Manuel Tedim (Universidade Portucalense)

10:00

10:40

10:50

12:20

5ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Torre)

MODERADOR: Professor Miguel Bandeira (Universidade do Minho)

o Congonhas e Bom Jesus de Braga: dois exemplares, duas interpretações / Um ideário estético formal e simbólico.

- Doutora Myriam A. Ribeiro de Oliveira (U. F. Rio de Janeiro)

o A arquitectura barroca no Norte de Portugal

- Professor Manuel Joaquim Moreira da Rocha (Universidade do Porto)

Pausa para café

o As prováveis influências da arquitectura barroca e rococó do Porto e de Braga, relidas na análise da obra do Aleijadinho na Igreja dos Terceiros do Carmo de Sabará em Minas Gerais

- Dr.a Vanessa Borges Brasileiro (Universidade Federal de Minas Gerais)

o A Igreja de Santa Cruz de Braga e a temática da paixão na arquitectura barroca

- Dr. Rui Ferreira (Universidade Do Minho)

o D. Frei João de Seixas e o Livro de Sonatas para Cravo de Ludovico Justino da Pistoya

- Professora Elisa Lessa (Universidade do Minho)

o Azulejaria no Norte de Portugal

- Dr. José Mecco

Debate

6ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Casino)

MODERADOR: Rev.do Cónego Doutor José Paulo Abreu (U. Católica)

o Barroco no Brasil: Ornamentação dos compromissos de Irmandade

- Doutor Antônio Souza (Universidade Estadual De Feira De Santana)

o "Exuberância e aparato: aspectos da prataria religiosa e civil barroca em Portugal (1650-1750)”

- Professor Gonçalo de Vasconcelos e Sousa (Universidade Católica/CITAR)

Pausa para café

o O modelo italiano na escultura bracarense: reflexos de um barroco tardio

- Dr.a Sandra Costa Saldanha (Directora Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja)

o Ouro Preto barroca e os tapetes devocionais de Serragem da Semana Santa

- Doutor Esequias Freitas (Universidade Estadual de Feira de Santana)

o Padrões e cromatismos na policromia da imaginária baiana

- Dr.a Cláudia Guanais Fausto (Museu de Arte Sacra da UFBA)

o A paramentaria do Barroco

- Dr.a Fernanda Barbosa (Tesouro Museu da Sé de Braga) & Dr.a Maria de Lurdes Rufino (Museu d' Arte - C. M. de Esposende)

Debate

13:00

Almoço livre

Almoço livre

14:30

4.º TEMÁRIO GLOBAL - O BARROCO NO BRASIL (Sala Torre)

MODERADORA: Dr.a Moira Pinto Coelho (Conselheira da Cultura da Embaixada do Brasil em Lisboa)

o Circunstância e materializações no barroco brasileiro

- Professor Eugénio de Ávila Lins (Universidade Federal da Bahia)

o "O mobiliário brasileiro no Período Barroco"A talha barroca nas sacristias das Igrejas e Conventos da Bahia e Pernambuco, e o mobiliário religioso

- Professora Sylvia Athayde (Museu de Arte da Bahia/Universidade Federal da Bahia)

15:30

16:30

16:40

7ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Torre)

MODERADORA: Dr.a Moira Pinto Coelho (Conselheira Cultura)

o A pintura da Igreja da Ordem Terceira do Carmo de Cachoeira (Bahia – Brasil): o conjunto do coro e do teto da nave central.

- Doutora Roberta Bacellar Orazem (Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte)

o Os “brasileiros” de Braga e a construção do barroco mineiro à serviço da salvação da alma (século XVIII)

- Dr.a Solange de Souza Araújo (Universidade do Minho)

o Pensar e sentir na cultura neobarroca

- Doutor Carlos Morais (Universidade Católica)

Pausa para café

9ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Torre)

MODERADOR: Dr. Varico Pereira (TUREL)

o Santuários Barrocos de Peregrinação

- Professor Carlos Alberto Brochado de Almeida (Universidade do Porto)

o O Bom Jesus do Monte: testemunhos estrangeiros

- Professora Isilda Leitão (ESHTE)

o Rotas do Barroco

- Dr.a Margarida Alçada (Turismo de Portugal)

8ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Casino)

MODERADOR: Professor Rodrigo Baeta (U. Federal da Bahia)

o A diversidade do barroco brasileiro em igrejas do litoral: Igreja e Convento de São Francisco, em Salvador – BA e Igreja e Convento de São Francisco, em São Cristóvão – SE

- Doutora Maria da Graça Santos (Universidade Positivo)

o O Convento franciscano de São Boaventura de Macacu, suas ruínas e o resgate de seu esplendor.

- Dr. Adilson Figueiredo (Faculdade Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro)

o Retábulo barroco da Igreja do Carmo uma jóia do barroco na Amazônia

- Dr.a Virginia Lucia Guerreiro Diniz (Associação Fórum Landi) e Dr.a Elna Maria Andersen Trindade (U. Federal do Pará/Ass. Fórum Landi)

Pausa para café

10ª SESSÃO DE COMUNICAÇÕES (Sala Casino)

MODERADOR: Professor Eduardo Gonçalves (ISMAI/CEDTUR)

o A Coralidade popular na produção musical do barroco 

- Dr. José Hermínio da Costa Machado (Investigador)

o Antonio Simões Ribeiro, José Joaquim da Rocha e a Escola Quadraturística na Bahia: Autoria e atribuições

- Dr.a Mônica Farias Menezes Vicente. (Universidade Federal da Bahia)

o A elipse nas estruturas retabulares joaninas da Diocese de Viseu: forma e simbolismo

- Doutora Maria de Fátima Eusébio (Dep. Bens Cult. Diocese de Viseu)

17:40

18:00

Debate

Encerramento

Debate

19:30

Espectáculo Barroco na Igreja do Bom Jesus pela Orquestra do Conservatório Caloust Gulbenkian

20:30

Jantar do Congresso – Hotel do Elevador do Bom Jesus (só para inscritos no jantar)

Sábado, 22 de Outubro de 2011

9:30

Visita guiada ao Património Barroco de Braga por Eduardo Pires de Oliveira

13:00

Almoço no Mosteiro de Tibães (só para inscritos no almoço)

 

14:30

Visita ao Mosteiro de Tibães pelo Professor Aurélio de Oliveira

 

18:00

SESSÃO DE ENCERRAMENTO DO CONGRESSO

 
       

Trabalhar em parceria para afirmar a região

Patrícia Sousa (Correio do Minho, 21-9-2011)

O Congresso Luso-Brasileiro do Barroco, que se realiza de 20 a 22 de Outubro, no Bom Jesus é um exemplo “de trabalho em parceria para afirmar a região”. E este é o objectivo da Associação de Municípios Quadrilátero Urbano, ao apoiar esta iniciativa promovida pela Confraria do Bom Jesus, para comemorar os 200 anos do templo.
“As câmaras municipais que fazem parte do Quadrilátero Urbano (Barcelos, Braga, Famalicão e Guimarães) tinham preparado candidaturas autónomas e sentiu-se conveniente pôr de lado essa intenção de carácter individual para encontrar uma estratégia que potenciasse outra dimensão em termos de orçamento”, justificou o presidente do conselho executivo do Quadrilátero Urbano e presidente da Câmara Municipal de Guimarães, António Magalhães, que esteve ontem presente na apresentação do congresso.
Perante este anseio, “no trabalho de casa não se podia deixar de parte este conceito, por isso, é fundamental dar um corpo diferente ao nível da estratégia em relação ao que a região tem que fazer”, sustentou aquele responsável, admitindo que “a região tem muitas potencialidades e, por questões de ancestralidade, viveu-se sempre com um conceito de atomização das coisas. Esta é uma herança que é preciso combater, porque a globalização e os tempos que correm não se compadecem com isso”.
Este tipo de iniciativas são, segundo António Magalhães, “o caminho a seguir, porque têm essa matriz fundamental”.
Também Victor Sousa, vice-presidente da autarquia bracarense, evidenciou o facto do Bom Jesus “fazer parte da história, da cultura e da vivência, sendo um ex-líbris da região”. Por isso, acrescentou aquele responsável, “é fundamental aproveitar as sinergias que a história oferece para afirmar a região para um novo caminho de atractividade, permitindo o desenvolvimento socioeconómico”.
Entretanto, o arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga, que também marcou presença na conferência, defendeu a importância de “dar a conhecer a região”. E justificou: “o congresso vai dar a conhecer esta realidade e abre horizontes em termos de atrair outras pessoas à nossa região”.
Exposição/mostra complementa congresso.
A Confraria de Bom Jesus do Monte vai assinalar os 200 anos da conclusão arquitectónica do templo, que aconteceu ontem, com a realização de um congresso internacional. A iniciativa, que vai decorrer de 20 a 22 de Outubro, pretende ser um “evento de carácter científico, reunindo estudiosos do fenómeno barroco” sublinhou, ontem durante a apresentação do evento, o presidente da Comissão Científica, Aurélio de Oliveira.
As comemorações dos 200 anos têm sido marcadas pela realização “de várias iniciativas de carácter religioso, cultural e ambiental”, salientou o presidente da confraria, João Varanda, exemplificando as muitas iniciativas que já se realizaram durante este ano.
Dezenas de congressistas debatem o tema.
A sessão de abertura do congresso está marcada para as 9 horas do próximo dia 20 de Outubro no Colunata de Eventos no Bom Jesus. ‘Economia e sociedade do barroco’, ‘Planos, alegorias e arquitecturas’, ‘Sentimentos e representações do barroco’ e ‘O barroco no Brasil’ são apenas alguns dos temas a ser abordados durante o congresso nas dezenas de comunicações científicas já definidas.
Neste momento, ainda estão abertas as inscrições para os interessados que queiram assistir ao congresso.
No âmbito do congresso, vai estar patente uma exposição/mostra, que registará a participação de profissionais a trabalhar as suas peças ao vivo. O Quadrilátero Urbano pretende promover e incentivar esta área de actividade, dando a conhecer o que de melhor se produz na área da arte barroca.
Com o objectivo de oferecer o mais completo leque de actividades ligadas ao tema central da exposição e, dessa forma, potenciar todas as sinergias que o congresso oferece, os responsáveis desta associação de municípios entenderam por bem que a participação dos expositores fosse feita a título gratuito.
Estão pois criadas as condições ideais para que os agentes e instituições sedeados na rede urbana do quadrilátero e ligados à arte barroca possam participar e dar a conhecer as suas actividades e as peças que produzem às centenas de congressistas, nacionais e estrangeiros, que nessa altura estarão no Bom Jesus a discutir esse tema.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

TEMPLO DO BOM JESUS FAZ 200 ANOS

Artigo publicado no Correio do Minho de 20 de Setembro de 2011

Comemora-se, hoje, 200 anos sobre a colocação da última pedra no Templo do Bom Jesus do Monte.
O culto, neste centro de peregrinação passiológica, passou por outras ermidas e templos de menor dimensão que o compasso do tempo se encarregou de demolir, restando algumas pedras que o nevoeiro não chegou a dissipar. Recordamos a pequena ermida solitária e singela, com a invocação de Santa Cruz, fundada por D. Jorge da Costa II. É nossa opinião que esta ermida, de reduzidas digitalizar0001dimensões, se arruinou dada a sua vulnerabilidade, singeleza, abandono e acção destruidora hibernal. Três décadas depois, em 1522, o deão bracarense D. João da Guarda, em virtude da anterior ermida já não comportar os devotos, mandou reedificá-la e ampliá-la a expensas suas onde hoje é um patamar do Escadório das Virtudes, no estilo gótico, mas já com elementos da renascença.
Os primeiros confrades da irmandade, criada em 1629, encontraram nesta colina sagrada onde se pratica o culto ancestral da Santa Cruz, uma ermida em estado lastimável, ao desamparo, altamente vulnerável aos rigores do tempo e condenada ao desmoronamento. Impressionados com aquele quadro desolador procederam, de seguida, à sua reedificação, embelezamento e decoração.
Mas deve-se a D. Rodrigo de Moura Teles a edificação do primeiro templo, inteiramente novo, de forma elíptica, no Terreiro de Moisés. Encabeçou a direcção das obras, iniciadas em 1722 e concluídas em 1725, sob o risco do arquitecto, o Coronel de Engenharia de Viana do Castelo Manuel Pinto Vilalobos. O Vigário Antunes Barromão, da freguesia de Tenões, descreve, pormenorizadamente, a Igreja de D. Rodrigo de Moura Teles, nas Memórias Paroquiais de 1758. Devido à rapidez na construção, ao terramoto de 1755 e à cruel invernia de 1780, o templo de D. Rodrigo de Moura Teles apresentava-se muito abalado e cortado de fendas, pois apresentava uma solução arquitectónica original mas de duvidosa segurança técnica.
Nasceu, assim, a ideia da construção de um novo templo. A construção do actual templo do Bom Jesus não foi pacífica no interior da confraria. A mesa encontrava-se dividida entre os defensores da reconstrução do templo e os proponentes da construção de um novo, entre estes o Juiz Presidente Cónego António Xavier Rebelo. Alguns dos seus membros, discordavam das suas dimensões e grandiosidade e apoiavam-se na tese de conservar o templo construído por D. Rodrigo de Moura Teles, tentando anular a deliberação da construção do novo templo, pelo que D. Gaspar de Bragança se viu na necessidade de intervir, alterando os estatutos. Também na cidade se manifestavam e digladiavam as duas tendências, exigindo uma Assembleia da Junta de Irmãos para anular aquela decisão.
No entanto, a maioria dos fazedores de opinião e a ideia geral era seguir em frente com um templo totalmente novo de raiz.
Em 22 de Junho de 1781 foram apresentados os desenhos (riscos) para a nova igreja da estância, mandados elaborar pelo Sr. Arcebispo D. Gaspar de Bragança e explicados pelo seu autor Carlos Amarante tendo merecido aprovação régia em 24 de Outubro de 1781.
A nova mesa da confraria, nomeada em Maio de 1784, à margem dos estatutos, decidiu que a 1 de Junho, última oitava do Espírito Santo, se lançasse a primeira pedra convidando para essa cerimónia o Provisor Pedro Paulo de Barros Pereira. Este acto foi motivo para grandes festas, ornamentações, flâmulas, galhardetes e repiques de sinos.
Entre a colocação da primeira e da última pedra passaram 27 anos. Neste espaço de tempo dois homens contribuíram para a sua erecção, D. Gaspar de Bragança e Pedro José da Silva. O primeiro como motor da iniciativa, o segundo como principal financiador da conclusão do santuário. Seria este aspecto, de grande benemerência, que motivou o convite a Pedro José da Silva para colocar a última pedra do grandioso templo em 20 de Setembro de 1811. Não significa este acontecimento que as obras tenham sido dadas por concluídas, sobretudo no seu interior. Depois desta cerimónia ocorreram muitas outras obras, como a colocação dos sinos, a colocação da grade de madeira para protecção dos altares do corpo da Igreja, o acabamento da Capela das Relíquias e respectiva tribuna, as sanefas para as Capelas das Relíquias e do Santíssimo Sacramento, a abertura das quatro tribunas da Capela Mor de acordo com o desenho de Carlos Amarante, a imaginária do monte da Capela Mor (as três Marias e os soldados) e a escada de acesso ao pátio principal da Igreja. Entretanto, a Dedicação e Consagração da Igreja só aconteceria em 10 de Agosto de 1857.
É o momento oportuno para renovar a fé à semelhança dos nossos antepassados. Na impossibilidade de se deslocarem à Terra Santa, os peregrinos encontravam nesta estância uma verdadeira imitação da via dolorosa de Cristo. Além de Sacro-Monte, de hino de louvor à natureza, façamos deste milagre da natureza um verdadeiro destino turístico por excelência.

OLEIRO DO COUTO DE TIBÃES

Jerónimo José Correia, oleiro, morador no lugar de Sobrado, Freguesia de S.ta Maria de Panóias do Couto de Tibães, ofereceu, em 1806, vários carros de telha para o templo do Bom Jesus e outra a preços baixos. Forneceu, ainda, gratuitamente alguns carretos gratuitos para a construção do templo. Pelas suas dádivas, foi aceite como Irmão da Confraria do Bom Jesus do Monte

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

CIRURGIÃO DO COUTO DE TIBÃES

Domingos José de Vasconcelos, Cirurgião do Couto de Tibães, era casado com Ana Joaquina, da freguesia de Panóias. Ambos eram irmãos da Confraria do Bom Jesus do Monte em 1807.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

REPORTAGEM SOBRE O BOM JESUS

A revista Família Cristã, ano LVII, n.º9, de Setembro de 2011, publica uma reportagem intitulada «Bicentenário, O Bom Jesus do Monte faz anos».

Família Cristã1 Família Cristã2
Família Cristã3 Família Cristã4

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

REVISTA FAZ REPORTAGEM SOBRE O BOM JESUS

 

capa família cristãA revista Família Cristã, do mês de Setembro, inclui uma desenvolvida reportagem sobre o bicentenário do Templo do Bom Jesus.

sumário