Foi apresentado, hoje, o livro póstumo Cónego Cândido Pedrosa, Palavras de Vida… Gestos de Amor, uma iniciativa dos Casais da Equipa de Nossa Senhora Póvoa 2. Aqui reproduzimos o texto que escrevemos para este livro.
Uma palavra de agradecimento não chega para demonstrar toda a estima e apreço pelo Cónego Cândido Carreira Pedrosa e Silva, Juiz-Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte entre 2003 e 2009.
Poderíamos destacar algumas das funções exercidas, Sacerdote, Pároco, Professor, Perfeito, Conselheiro Espiritual, Director Interno de Lar de Jovens, Conselheiro Presbiteral, Arcipreste, mas é como Juiz-Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, durante seis anos, que a nossa Memória o recorda e que nunca se desvanecerá com o decorrer do tempo.
Quando falamos de história, temos o costume de nos refugiar no passado. A história não tem presente, apenas o passado que se vai precipitando para o futuro. É no passado remoto, já lá vão quase quatro séculos que encontramos a criação e a origem da confraria. Muitos foram os seus timoneiros. A história não vai esquecer um dos Juízes-Presidentes que merece figurar na Galeria dos Grandes Presidentes, que conseguiu realizar obras e ultrapassar a burocracia dos Gabinetes pois a história valida, fundamentalmente, os resultados, lutando intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste.
Não olvidamos o amor que nutria pela beleza da estância, pela riqueza do seu património, pela devoção à Cruz e ao Bom Jesus do Monte, como alguém que intuiu o chamamento de Deus e procurou corresponder, no dia-a-dia, a esse chamamento.
Acompanhámo-lo nos seus sonhos, nas suas preocupações, na preservação do legado dos nossos antepassados.
Quando chegou ao Bom Jesus do Monte imprimiu um novo estilo, dinâmica e liderança à confraria, que fortaleceu a organização, a descentralização e a criação de um espírito de grupo, fundamentais para o desenvolvimento e concretização de várias obras que necessitaram do esforço empenhado das várias valências e pelouros dos seus mesários. A sua passagem pela Confraria do Bom Jesus foi fecunda, deixou marcos que prevalecerão com o tempo, nomeadamente, a reabilitação do património da estância, o restauro e a recuperação dos hotéis, do Elevador, da Casa das Estampas, da Colunata, do Salão de Chã, da Capela do Santíssimo, da Capela das Relíquias e das Telas do Museu.
A sua intervenção no Bom Jesus do Monte era quotidiana. Lutava, velava e agia incessantemente pela dignificação da estância. Sobretudo rezava ao Bom Jesus, que hasteia outro símbolo, a doce imagem do madeiro miraculoso da Cruz.
A devoção à Cruz, ao Bom Jesus do Monte era um símbolo de vida que se erguia como o sol de verão pronto para fecundar a terra e para amadurecer os seus frutos, que se erguia como alimento e firme esperança para ultrapassar as dificuldades que diariamente apareciam no seu caminho, para resolver os problemas que as obras em curso levantavam. Esta devoção era presságio de novas acções e de novos estímulos. Com humildade e liderança sabia suscitar solicitações, colaborações, descentrando o poder pelos diferentes pelouros e pelos vários mesários da Confraria do Bom Jesus do Monte.
O Bom Jesus era o centro da sua vida, mesmo quando a adversidade lhe bateu à porta. A doença veio roubar-nos de forma crua e dura a sua presença entre nós, mas o trabalho que fez criou profundas raízes que não podem ser arrancadas dos nossos corações. A sua vida, a luta contra o sofrimento, são um sinal que nos interpela e questiona sobre o nosso presente e nos ilumina e orienta para o futuro.
José Carlos Gonçalves Peixoto
Mesário da Confraria do Bom Jesus do Monte
Poderíamos destacar algumas das funções exercidas, Sacerdote, Pároco, Professor, Perfeito, Conselheiro Espiritual, Director Interno de Lar de Jovens, Conselheiro Presbiteral, Arcipreste, mas é como Juiz-Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, durante seis anos, que a nossa Memória o recorda e que nunca se desvanecerá com o decorrer do tempo.
Quando falamos de história, temos o costume de nos refugiar no passado. A história não tem presente, apenas o passado que se vai precipitando para o futuro. É no passado remoto, já lá vão quase quatro séculos que encontramos a criação e a origem da confraria. Muitos foram os seus timoneiros. A história não vai esquecer um dos Juízes-Presidentes que merece figurar na Galeria dos Grandes Presidentes, que conseguiu realizar obras e ultrapassar a burocracia dos Gabinetes pois a história valida, fundamentalmente, os resultados, lutando intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste.
Não olvidamos o amor que nutria pela beleza da estância, pela riqueza do seu património, pela devoção à Cruz e ao Bom Jesus do Monte, como alguém que intuiu o chamamento de Deus e procurou corresponder, no dia-a-dia, a esse chamamento.
Acompanhámo-lo nos seus sonhos, nas suas preocupações, na preservação do legado dos nossos antepassados.
Quando chegou ao Bom Jesus do Monte imprimiu um novo estilo, dinâmica e liderança à confraria, que fortaleceu a organização, a descentralização e a criação de um espírito de grupo, fundamentais para o desenvolvimento e concretização de várias obras que necessitaram do esforço empenhado das várias valências e pelouros dos seus mesários. A sua passagem pela Confraria do Bom Jesus foi fecunda, deixou marcos que prevalecerão com o tempo, nomeadamente, a reabilitação do património da estância, o restauro e a recuperação dos hotéis, do Elevador, da Casa das Estampas, da Colunata, do Salão de Chã, da Capela do Santíssimo, da Capela das Relíquias e das Telas do Museu.
A sua intervenção no Bom Jesus do Monte era quotidiana. Lutava, velava e agia incessantemente pela dignificação da estância. Sobretudo rezava ao Bom Jesus, que hasteia outro símbolo, a doce imagem do madeiro miraculoso da Cruz.
A devoção à Cruz, ao Bom Jesus do Monte era um símbolo de vida que se erguia como o sol de verão pronto para fecundar a terra e para amadurecer os seus frutos, que se erguia como alimento e firme esperança para ultrapassar as dificuldades que diariamente apareciam no seu caminho, para resolver os problemas que as obras em curso levantavam. Esta devoção era presságio de novas acções e de novos estímulos. Com humildade e liderança sabia suscitar solicitações, colaborações, descentrando o poder pelos diferentes pelouros e pelos vários mesários da Confraria do Bom Jesus do Monte.
O Bom Jesus era o centro da sua vida, mesmo quando a adversidade lhe bateu à porta. A doença veio roubar-nos de forma crua e dura a sua presença entre nós, mas o trabalho que fez criou profundas raízes que não podem ser arrancadas dos nossos corações. A sua vida, a luta contra o sofrimento, são um sinal que nos interpela e questiona sobre o nosso presente e nos ilumina e orienta para o futuro.
José Carlos Gonçalves Peixoto
Mesário da Confraria do Bom Jesus do Monte