A chamada “Estrada da Graça” era administrada pelo Mosteiro de Tibães, que controlava, igualmente, a passagem do rio, no “Barco da Graça”, pois era um eixo viário de grande importância estratégica para o mosteiro.
Segundo Aurélio de Oliveira: «A importante passagem do Cávado, na Graça era de posse exclusiva da Abadia (...). Acresce que essa passagem não servia só para pessoas, mas também para cavalgaduras, além de carros, coches e liteiras. O preço do arrendamento do Barco da Graça é também índice da importância dessa passagem (...). Essa via atravessava aí o rio Cávado seguindo por S. Eulália de Cabanelas e penetrando em Cervães. Aqui encontrámos nós referência, em Prazos da Mitra de Braga dos séculos XVII e XVIII, a uma estrada que seguia para Viana do Castelo, e que deve ter constituído o prolongamento daquela importante passagem e da via do Couto, que deverá, naturalmente ter diminuído com a abertura e melhoramentos da Ponte do Prado (...)».
No século XVIII, foram realizados diversos melhoramentos: arranjo de todo o caminho que leva à passagem da Graça; uma nova calçada; e construção de um cais de pedra para fácil e segura acostagem da barca (...)».
A importância desta via nas épocas medieval e moderna decorre, evidentemente, da importância da Abadia de Tibães no contexto da região e da necessidade de manutenção e administração de um importante caminho que atravessava o Couto.
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as minhas impressões;
a minha terra, Mire de Tibães;
o pedagogo e pai dos pobres, Frei Caetano Brandão;
o património de Braga.