Um decreto do ministro António Joaquim de Aguiar, em 1834, veio extinguir as Ordens Religiosas, tanto no Continente, como no Ultramar Português. Assim os bens, moradias, foros, e todas as pertenças do Convento de Tibães passaram para a posse do Estado. Mais tarde todas as pertenças e bens foram arrematados e vendidos.
Se consultarmos o Arquivo Municipal, mais propriamente o Copiador para a correspondência expedida - Representações da Câmara de Braga (1844-1869), deparamos com uma exposição dirigida ao poder real, por parte da vereação camarária, datada de 5 de Abril de 1864:
«Senhor: o Mosteiro de Tibães é um edifício que pela sua colocação só pode desafiar a ambição dos arrematantes, para ser demolido, e vendidos para outras edificações os materiais de que foi feito. E será justo que se deixe assim aniquilar um monumento que fará honra a esta terra pelas recordações que encerra da laboriosa actividade - incansável zelo - e inimitável dedicação que aqueles Monges, os primeiros agricultores desta formosa Província souberam ser úteis à sua Pátria e ao seu semelhante? Por certo que não. Esta Câmara por isso suplica e espera que o Governo de Vossa Majestade mandando ficar sem efeito a ordenada arrematação e ouvindo depois as muitas razões de conveniência pública que ela se reserva fazer subir ao conhecimento de Vossa Majestade adaptará providência que satisfazendo a expectativa dos povos deste conselho, aparte a ideia da destruição daquele monumento secular. Deus guarde Vossa Majestade por muitos anos. Braga em 5 de Abril de 1864. Vice-Presidente, Bento Miguel Leite Pereira, Vereadores…».