Jerónimo Baía (1620-1688) era natural de Coimbra e professou no convento de São Martinho de Tibães (Braga), da Ordem Beneditina, a 4 de Maio de 1643. Frequentou a Universidade de Coimbra, foi nomeado cronista da ordem e mais tarde pregador na corte do rei D. Afonso VI. Com a deposição do rei, terá sido obrigado a regressar ao convento. Celebrizou-se como poeta lírico, e sobretudo burlesco, o que lhe valeu o cognome de «Poeta Folgazão». Escreveu as obras Lampadário de Cristal e Tardes de Verão, esta última em prosa e que narra os principais acontecimentos históricos do seu tempo. É considerado um dos autores mais significativos da literatura barroca em Portugal.