terça-feira, 26 de julho de 2011

CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DO BARROCO

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Bom Jesus revela faces do Barroco

(Correio do Minho, 26-7-2011)

clip_image003autor José Paulo Silva

Pôr fim à ideia de que as produções artísticas do Barroco de deveram exclusivamente às remessas de ouro do Brasil é um dos contributos que podem sair do Congresso Luso-Brasileiro do Barroco, agendado para 20 a 22 de Outubro, no Bom Jesus. A convicção foi ontem apresentada por Aurélio de Oliveira, presidente da comissão científica do congresso.
O historiador apresenta comunicação na primeira sessão plenária do congresso, que versa o tema ‘A Economia do Período Barroco’. Em conferência de imprensa para divulgação do programa final do congresso, Aurélio de Oliveira sustentou que o Bom Jesus de Braga, tal como outras jóias do Barroco, foi edificado com recurso a ouro vindo das minas brasileiras, mas, mais do que isso, com esmolas do povo e contributos de empresários bracarenses.
O historiador destacou a presença alargada de investigadores das universidades de Coimbra, Porto, Lisboa e Minho e das brasileiras São João del-Rei, Baía e UNESOP no congresso. Especialistas das universidades Portucalense, Católica, ISMAI e Insituto Politécnico do Porto apresentam também comunicações num encontro científico que aborda dimensões várias do Barroco em Portugal e no Brasil.
Os historiadores locais estão no congresso organizado pela Confraria do Bom Jesus.
Paulo Oliveira, técnico do Mosteiro de Tibães, apresentará uma comunicação sobre ‘A Economia do Período Barroco’.A ex-directora daquele Museu, Aida Mata, revelará, com Anabela Ramos, segredos da ‘Alimentação do Período Barroco’. José Paulo Abreu, deão da Sé de Braga e docente da Universidade Católica, fará a ‘Contextualização histórico-teológica do Barroco’, enquanto José Carlos Peixoto, mesário da Confraria, recordará ‘Os memorialistas do Bom Jesus’.
Miguel Bandeira (Universidade do Minho) revelará o ‘Desenho e a morfologia urbana da cidade de Braga Barroca’ Noutro âmbito, Fernanda Barbosa (Tesouro Museu da Sé de Braga) e Lurdes Rufino ( Museu de Arte de Fão darão informação sobre ‘A paramentaria no Barroco’. Eduardo Pires de Oliveira (Biblioteca Publica de Braga) acrescentará informações sobre ‘A talha barroca em Braga”, enquanto Elisa Lessa e Manuel Simões (Universidade do Minho) revelarão ‘A expressão musical no Barroco bracarense’
O historiador José Viriato Capela intervirá no painel sobre ‘A Sociedade do Barroco’.