Elevador do Bom Jesus faz 130 anos
Correio do Minho de 23-03-2012
A Confraria do Bom Jesus do Monte assinala, este domingo, os 130 anos sobre a inauguração do elevador do Bom Jesus, concebido e projectado pelo empresário Manuel Joaquim Gomes, sob a direcção de Riggenbach e Mesnier de Ponsard.
“Cabe a Braga a honra de ter o primeiro ascensor construído na Península Ibérica e, actualmente, o mais antigo do mundo em serviço, funcionando por contrapeso de água”, justifica a confraria em comunicado, lembrando que o ascensor “é um dos mais notáveis exemplares do património industrial e técnico e representa um património afectivo, cheio de simbolismo, de história e de tradição, que muito honra a cultura, a cidade de Braga e a região”.
A festa, que pretende agregar todos os bracarenses, começa às 11 horas com a romagem ao cemitério, às campas de Manuel Joaquim Gomes e António Brandão Pereira. Já da parte da tarde, pelas 15.30 horas, está marcada a inauguração da exposição ‘Plano Inclinado - 130 anos do Elevador do Bom Jesus do Monte’. A missa campal, às 17 horas, é presidida pelo arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga e depois das 18 .30 horas começa o concerto pela cantora Lysa, tetraneta de Manuel Joaquim Gomes.
Também se pretende com esta comemoração homenagear duas personalidades, dois protagonistas que foram determinantes na construção de um meio de deslocação providencial para curtos e íngremes percursos: Manuel Joaquim Gomes, fundador do Elevador e António Brandão Pereira, vedor do parque e das obras da Confraria do Bom Jesus do Monte, dois amigos que se apoiaram mutuamente.
Já António Brandão Pereira era o amigo que animou e apoiou Manuel Joaquim Gomes, que previu o alcance da iniciativa, que vislumbrou as vantagens que adviriam para o Bom Jesus, que elaborou relatórios para a confraria defendendo o projecto, contra panfletos anónimos e abaixo-assinados manifestando oposição ao melhoramento.
“Compete-nos, agora, reconhecer o papel dos nossos antepassados e assumir a salvaguarda e promoção de valores que pertencem ao nosso património colectivo e de lembranças que constituem a nossa memória, a vida e a cultura da região”, pode ler-se ainda no comunicado da Confraria do Bom Jesus do Monte.