Diz um certo jornalista Que escreve da Lisboa bela Para um jornal da invicta, Que o governo está na pista Duma fita bolchevista E tem medo que se pela! Que, por isso prevenido, Já fez ir para Lisboa Muitas tropas da província, Arreganhando atrevido A dentuça e pondo o ouvido À escuta… Esta é bem boa! É que isso lhe faz lembrar, O meu leitor não se ria, Certos rapazes que soem O inimigo ameaçar: - «Deixa! Tu hás-de passar À porta da minha tia!...» | O que isto dá a entender É que o dito jornalista, Há tempos, aqui p’ra traz, Também usava fazer O que o seu olho está a ver No governo alvarista. Devia ser mais discreto O tal do camaroeiro! Assim ‘stragou o repolho, Deixou de ser justo e recto… Porque não calou o peito, Seu … Homem… do soalheiro? E daí, talvez, tivesse Muitos carros de razão, Que, se a cousa avante fosse, Se a revolução se desse, Talvez, por lá, não houvesse O necessário sabão… Pois o medo tal seria Nos lisboetas papoulas Que logo que ela estalasse, Todo o mundo fugiria… E quem é que o pagaria Se não os pobres ceroulas? Zezão |
Seja bem-vindo a «História por um Canudo».
Aqui encontrarão diversas investigações e publicações sobre áreas do meu interesse:
as minhas impressões;
a minha terra, Mire de Tibães;
o pedagogo e pai dos pobres, Frei Caetano Brandão;
o património de Braga.