Na próxima 2.ª feira, dia 8, a Confraria do Bom Jesus do Monte presta uma homenagem ao Cónego Doutor José António Gomes da Silva Marques, presidente honorário da Confraria.
Do programa da homenagem salientamos três números: às 18 horas, uma concelebração presidida pelo Sr. Arcebispo Primaz; às 19 horas, a inauguração da Alameda Cónego José Marques; às 19.30 horas, um Verde de Honra no Hotel do Elevador.
Esta iniciativa insere-se no vasto programa de comemoração do bicentenário do lançamento da última pedra do templo.
José António Gomes da Silva Marques, nasceu no lugar de Cidelo, freguesia de Santo Estêvão de Penso, concelho de Braga, a 16 de Março de 1933. Faleceu em 8 de Agosto de 2010.
Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1957. Em 1959 licenciou-se em Direito Canónico pela Pontifícia Universidade Canónica de Roma. A 10 de Junho de 1963 defendeu publicamente a tese de doutoramento na mesma universidade, com o tema «A boa fé na prescrição Longissimi Temporis. Sua necessidade e natureza segundo o Doutor Pedro Barbosa», com a classificação mâxima «summa cum laude», publicada, em Braga, em 1964.
Ao longo da sua vida desempenhou empenhadamente variadas funções e cargos relevantes:
- de 1963 a 1967, chefe da secretaria arquidiocesana e capelão da Senhora-a-Branca;
- professor de Direito Canónico de 1963 a 1969;
- professor de Teologia Moral de 1968 a 1972 no Seminário Conciliar de Braga;
- professor na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Navarra, de 1972 a 1978;
- chefe de redacção e director das revistas «Theologia», «Palavra e Vida», «Celebração litúrgica» e colaborador da redacção da revista «Ius Canonicum» do Instituto Martín de Azpilcueta;
- advogado da Rota Romana;
- orientador de Teses de Doutoramento, tendo integrado vários júris de doutoramento em Direito Canónico, na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Navarra;
- Vigário Episcopal para a Educação da Fé, a partir de 1 de Janeiro de 1979;
- Vigário Geral da Arquidiocese de Braga, em Agosto de 1978, cargo que exerceu até 1984;
- em 29 de Novembro de 1981, Capitular da Sé de Braga, tendo tomado posse em 2 de Fevereiro de 1982;
- em 1982, Juiz Presidente da Mesa Administrativa da Confraria do Bom Jesus do Monte, cargo que exerceu até 2003;
- Vigário Judicial do Tribunal Metropolitano Bracarense desde 1984;
- a 1 de Outubro de 1988 promotor da Justiça;
- sócio-fundador da Associação Portuguesa de Canonistas e Presidente da Direcção, de 1990 a 2003;
- de 1995 a 1999, pároco de Escudeiros;
- nomeado, a 31 de Outubro de 1996, para a Comissão Canónico Jurídica do Sínodo;
- a 5 de Janeiro de 2003, mestre-escola do Cabido;
- em 7 de Maio de 2003, Presidente Honorário da Confraria do Bom Jesus do Monte.
Para além de muitos artigos e traduções, publicou vários originais:
- Direito Sacramental II. Direito Matrimonial Canónico. Universidade Católica Editora, Lisboa 2004;
- O Direito de associação e as associações de fiéis na Igreja à luz do Vaticano II e do novo Código de Direito Canónico (separata de Theologica, vol. XIX, pp. 429-589, Braga 1984);
- Identidade do Sacerdote – O sacerdócio ministerial no Magistério de João Paulo II, Braga 1980 (Separata de Theologica, vol. XV).
A história julga não só os resultados mas também os seus propósitos. A ele se deve, a concepção, os projectos, o arranque e o enquadramento das obras de reabilitação do Bom Jesus do Monte que se realizaram ultimamente.
Envolveu-se intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Lutava contra as burocracias dos gabinetes, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste.
Se nos faltam as virtudes não temos nada. No convívio e nas relações imprimidas na Confraria, as suas qualidades essenciais mereciam a nossa admiração. Recordamos a sua frontalidade, a atenção e a sensibilidade que prestava a tudo o que girava em seu redor. Não concebeu o ministério sacerdotal como mero trabalho à procura de resultados pessoais, pois a razão de ser da nossa vida é a humanidade através duma mediação de serviço e doação.
Nunca desviou a atenção do essencial. O centro da sua actuação era o Bom Jesus. Dias antes da sua morte, da sua passagem para a vida eterna, veio celebrar a este santuário, à semelhança de tantas e tantas vezes. Veio dizer um até já ao Bom Jesus do Monte, pois, em conversa, desabafou que seria a última vez que celebraria neste templo.
Foi, com certeza, a última vez que peregrinou até esta estância, mas que se prolonga, agora, na Estância Celeste do Bom Jesus.
Do programa da homenagem salientamos três números: às 18 horas, uma concelebração presidida pelo Sr. Arcebispo Primaz; às 19 horas, a inauguração da Alameda Cónego José Marques; às 19.30 horas, um Verde de Honra no Hotel do Elevador.
Esta iniciativa insere-se no vasto programa de comemoração do bicentenário do lançamento da última pedra do templo.
José António Gomes da Silva Marques, nasceu no lugar de Cidelo, freguesia de Santo Estêvão de Penso, concelho de Braga, a 16 de Março de 1933. Faleceu em 8 de Agosto de 2010.
Foi ordenado sacerdote a 14 de Julho de 1957. Em 1959 licenciou-se em Direito Canónico pela Pontifícia Universidade Canónica de Roma. A 10 de Junho de 1963 defendeu publicamente a tese de doutoramento na mesma universidade, com o tema «A boa fé na prescrição Longissimi Temporis. Sua necessidade e natureza segundo o Doutor Pedro Barbosa», com a classificação mâxima «summa cum laude», publicada, em Braga, em 1964.
Ao longo da sua vida desempenhou empenhadamente variadas funções e cargos relevantes:
- de 1963 a 1967, chefe da secretaria arquidiocesana e capelão da Senhora-a-Branca;
- professor de Direito Canónico de 1963 a 1969;
- professor de Teologia Moral de 1968 a 1972 no Seminário Conciliar de Braga;
- professor na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Navarra, de 1972 a 1978;
- chefe de redacção e director das revistas «Theologia», «Palavra e Vida», «Celebração litúrgica» e colaborador da redacção da revista «Ius Canonicum» do Instituto Martín de Azpilcueta;
- advogado da Rota Romana;
- orientador de Teses de Doutoramento, tendo integrado vários júris de doutoramento em Direito Canónico, na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Navarra;
- Vigário Episcopal para a Educação da Fé, a partir de 1 de Janeiro de 1979;
- Vigário Geral da Arquidiocese de Braga, em Agosto de 1978, cargo que exerceu até 1984;
- em 29 de Novembro de 1981, Capitular da Sé de Braga, tendo tomado posse em 2 de Fevereiro de 1982;
- em 1982, Juiz Presidente da Mesa Administrativa da Confraria do Bom Jesus do Monte, cargo que exerceu até 2003;
- Vigário Judicial do Tribunal Metropolitano Bracarense desde 1984;
- a 1 de Outubro de 1988 promotor da Justiça;
- sócio-fundador da Associação Portuguesa de Canonistas e Presidente da Direcção, de 1990 a 2003;
- de 1995 a 1999, pároco de Escudeiros;
- nomeado, a 31 de Outubro de 1996, para a Comissão Canónico Jurídica do Sínodo;
- a 5 de Janeiro de 2003, mestre-escola do Cabido;
- em 7 de Maio de 2003, Presidente Honorário da Confraria do Bom Jesus do Monte.
Para além de muitos artigos e traduções, publicou vários originais:
- Direito Sacramental II. Direito Matrimonial Canónico. Universidade Católica Editora, Lisboa 2004;
- O Direito de associação e as associações de fiéis na Igreja à luz do Vaticano II e do novo Código de Direito Canónico (separata de Theologica, vol. XIX, pp. 429-589, Braga 1984);
- Identidade do Sacerdote – O sacerdócio ministerial no Magistério de João Paulo II, Braga 1980 (Separata de Theologica, vol. XV).
A história julga não só os resultados mas também os seus propósitos. A ele se deve, a concepção, os projectos, o arranque e o enquadramento das obras de reabilitação do Bom Jesus do Monte que se realizaram ultimamente.
Envolveu-se intensamente e desinteressadamente na resolução de múltiplos problemas com uma determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum. Lutava contra as burocracias dos gabinetes, sempre por uma causa, a dignificação da estância, deste monte-sagrado, qual Jerusalém libertada, qual caminho para a Cruz e Jerusalém Celeste.
Se nos faltam as virtudes não temos nada. No convívio e nas relações imprimidas na Confraria, as suas qualidades essenciais mereciam a nossa admiração. Recordamos a sua frontalidade, a atenção e a sensibilidade que prestava a tudo o que girava em seu redor. Não concebeu o ministério sacerdotal como mero trabalho à procura de resultados pessoais, pois a razão de ser da nossa vida é a humanidade através duma mediação de serviço e doação.
Nunca desviou a atenção do essencial. O centro da sua actuação era o Bom Jesus. Dias antes da sua morte, da sua passagem para a vida eterna, veio celebrar a este santuário, à semelhança de tantas e tantas vezes. Veio dizer um até já ao Bom Jesus do Monte, pois, em conversa, desabafou que seria a última vez que celebraria neste templo.
Foi, com certeza, a última vez que peregrinou até esta estância, mas que se prolonga, agora, na Estância Celeste do Bom Jesus.