sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

HISTÓRIA SEM TEIAS

Artigo publicado na Revista Andarilho, n.º 30, pág. 7, 2008
Comemoramos em 8 de Novembro de 2007, o vigésimo quinto aniversário da EB 2/3 Frei Caetano Brandão.
O pensamento sábio do Padre António Vieira: «Palavras sem obras são tiros sem bala; entre nós teve outra versão : «palavras e obras em acção são trovões que ecoam».
Destas comemorações restam palavras: as comunicações /colóquios, as notícias, as mensagens, as intervenções.
Destas comemorações restam, igualmente, obras: um «spot» em lona, à entrada da escola; um filme sobre os 25 anos da escola; uma exposição fotográfica; um sarau de ginástica acrobática; um lanche e uma Tshirt para todos os alunos e professores; prémios aos alunos de excelência; uma brochura; uma medalha comemorativa; uma sessão solene; um concerto de cordas; homenagem aos funcionários e professores com 25 anos de carreira na escola; um jantar comemorativo; actuação do grupo «Os Sinos da Sé»; missa de acção de graças e de sufrágio pelos alunos, funcionários e professores falecidos.
Restam, também, sensações indescritíveis, momentos irrepetíveis e, fundamentalmente, ideias, para o futuro.
Ponto um, a criação de uma Associação de Antigos Alunos;
Ponto dois, a necessidade de abrir a escola à comunidade, de dar a conhecer e conservar, nos diversos formatos disponíveis, a sua história, o seu patrono.
Ponto três, a construção de uma escola com valores, onde se afirma a amizade e a solidariedade acima dos efémeros interesses passageiros, tudo isto sem receios, ou não tivéssemos um patrono que sempre enfrentava os problemas de frente: em dado passo, o Intendente Pina Manique aconselhou-o «cuidado com os padres franceses». Mas como, se o poder da convicção e a lógica do argumento eram intrínsecos a Frei Caetano Brandão?
Ponto quatro, que a tão propalada «Avaliação de Desempenho» não seja factor de instabilidade e degradação da união entre o corpo docente, mas uma forma de, em conjunto, ultrapassarmos as dificuldades individuais. Tudo deve acontecer desinteressadamente, em espírito de equipa e de colaboração.
Ponto cinco e último, sonhar com os próximos 25 anos, não para conjecturar como será, mas para começar a marcar o rumo dessa comemoração. A vida «nada mais é que o espaço entre dois sonhos, dizia William Sheakespeare. Como seria bom, onde trabalhar na escola, fosse um sonhar ininterrupto. Este é um convite, pois todos somos feitos da mesma matéria dos sonhos.
A mudança cultural responsabiliza-nos.
Só o empenho e o compromisso de todos permitirá que a Escola aconteça quotidianamente.