terça-feira, 9 de dezembro de 2008

FREI JOSÉ DE SANTO ANTÓNIO VILAÇA



Frei José de Santo António Vilaça, escultor e entalhador beneditino, nasceu em Braga a 18 de Dezembro de 1732, no Terreiro de São Lázaro, tendo dedicado grande parte da sua vida ao embelezamento das igrejas beneditinas das dioceses de Braga e Porto. Viria a falecer em 30 de Agosto de 1809, encontrando-se enterrado no claustro principal do Mosteiro de Tibães.
Tudo indica que o monge era o principal discípulo de André Soares, sob orientação de quem trabalhou na capela-mor de Tibães.
Em Tibães – verdadeiro museu do barroco em Braga ou santuário do rocócó bracarense - desenhou os enquadramentos dourados dos seis janelões, que depois entalhou com tanta virtuosidade; as voluptas torcidas e folhagens emulando plumas, que pairam por cima da dupla fila de bancos da capela-mor; as duas cadeiras-de-braços, pintadas de encarnado e ouro, para a visita do abade geral de Tibães; as esculturas de São Bento, Santa Escolástica, São Martinho, a Tribuna do Mosteiro, as sanefas da igreja, o pé do órgão, o oratório do coro e a cabeça de Cristo, no crucifixo.
Escreveu um diário, chamado «Livro de Rezam», onde anotava, triénio por triénio, a necrologia beneditina. Este manuscrito inclui, igualmente, elementos biográficos juntamente com uma longa lista de trabalhos nos mosteiros de Tibães, Refojos de Basto, Pombeiro, Pendurada, Miranda, Paço de Sousa, Santo Tirso e Cucujães.