Foi o primeiro filho que Guimarães deu à congregação beneditina. Nasceu a 28 de Outubro de 1561 e faleceu em 4 de Abril de 1631. Era filho de Lourenço Golias da antiga e nobre casa das Lamelas, junto a Guimarães. Recebeu no baptismo o nome de Simão, que depois mudar para o de Martinho em honra do padroeiro de Tibães, e na idade de 18 anos era um dos cavaleiros mais valentes e arrojados de Guimarães.
Esteve na América e serviu Portugal nas armas por quatro anos, embarcando em várias armadas. Sofrendo mais tarde graves padecimentos, resolveu abraçar a religião. Dirigiu-se dali ao mosteiro de Pombeiro, para tomar a cogula do Patriarca S. Bento; mas por ser limitado naquele convento o número de frades, dirigiu-se dali a Tibães, onde vestiu o hábito a 21 de Novembro de 1586. Acabado o noviciado, e não sendo ainda sacerdote, foi nomeado procurador do mosteiro de Rendufe, e depois transferido para o mosteiro de Pombeiro. Celebrou aqui a sua primeira missa. Em 1593 foi escolhido para secretário de frei António da Silva, 6º D. abade geral da Ordem. Em 1599 foi eleito D. abade de Rendufe. Em 1605 eleito D. abade do mosteiro de Paço de Sousa. Em 1608 foi nomeado visitador da Ordem. Em 1611 D. abade do mosteiro de Lisboa, que então era o da Estrela.
Em 1614 eleito definidor da congregação, recolheu-se ao mosteiro de Pombeiro, onde se entregou incessantemente ao exercício das virtudes cristãs. Em 1617 foi segunda vez eleito D. abade do mosteiro de Lisboa. Em 1620 foi eleito definidor-mor e finalmente em 1621 D. abade geral da Ordem beneditina, cargo que exerceu com prudência e rectidão, afabilidade e justiça. Em 1623 acabado o generalato recolheu-se ao mosteiro de Gonfey, donde saiu em 1626 para D. abade do mosteiro do Porto. Em 1629 eleito de novo definidor-mor em capítulo geral, recolheu-se ao mosteiro de Pombeiro.
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as minhas impressões;
a minha terra, Mire de Tibães;
o pedagogo e pai dos pobres, Frei Caetano Brandão;
o património de Braga.