José Duarte Ramalho Ortigão (na foto) foi escritor, jornalista, polemista, bibliotecário da Biblioteca da Ajuda e Oficial da Secretaria da Academia Real das Ciências.
Natural do Porto, frequentou o curso de Direito de Coimbra e foi professor no Colégio da Lapa, dirigido pelo pai, onde teve como aluno Eça de Queirós.
Envolve-se na «Questão Coimbrã», juntou-se aos jovens da geração de 70 e é autor das famosas «Farpas».
O insuspeito e anti-clerical Ramalho Ortigão numa carta dirigida a João do Amaral exprime-se assim em relação a Frei Caetano Brandão:
«A obra liberal de 1834 – convém nunca o perder de vista – foi inteiramente semelhante à obra republicana de 1910. Nos homens dessas duas invasões é idêntico o espírito de violência, de anarquismo e de extorsão. Dá-se todavia entre uns e outros uma considerável diferença de capacidade…
Tinham tido por mestres ou por companheiros de estudo homens tais como Anatónio Caetano de Sousa, o autor da História Genealógica; Barbosa Machado, o autor da Biblioteca Lusitana; Bluteau e os colaboradores do seu Vocabulário; Santa Rosa Viterbo, o autor do Elucidário; João Pedro Ribeiro, o admirável erudito iniciador dos altos estudos da nossa história e precursor de Herculano; António Caetano do Amaral, o infatigável investigador da História da Lusitânia; D. Frei Caetano Brandão, seguramente o mais elevado espírito e a mais formosa alma que deitou o século XVIII em Portugal; o padre Cenáculo, o mais prodigioso semeador de bibliotecas; o padre António Pereira de Figueiredo, o autor do famoso Método de Estudar; Félix de Avelar Brotero, o insigne naturalista; o polígrafo abade Correia da Serra, e outros que não menciono porque teria de reproduzir um copioso catálogo se quisesse dar mais completa ideia do que foi a cultura portuguesa nessa fase da nossa evolução literária.»
Natural do Porto, frequentou o curso de Direito de Coimbra e foi professor no Colégio da Lapa, dirigido pelo pai, onde teve como aluno Eça de Queirós.
Envolve-se na «Questão Coimbrã», juntou-se aos jovens da geração de 70 e é autor das famosas «Farpas».
O insuspeito e anti-clerical Ramalho Ortigão numa carta dirigida a João do Amaral exprime-se assim em relação a Frei Caetano Brandão:
«A obra liberal de 1834 – convém nunca o perder de vista – foi inteiramente semelhante à obra republicana de 1910. Nos homens dessas duas invasões é idêntico o espírito de violência, de anarquismo e de extorsão. Dá-se todavia entre uns e outros uma considerável diferença de capacidade…
Tinham tido por mestres ou por companheiros de estudo homens tais como Anatónio Caetano de Sousa, o autor da História Genealógica; Barbosa Machado, o autor da Biblioteca Lusitana; Bluteau e os colaboradores do seu Vocabulário; Santa Rosa Viterbo, o autor do Elucidário; João Pedro Ribeiro, o admirável erudito iniciador dos altos estudos da nossa história e precursor de Herculano; António Caetano do Amaral, o infatigável investigador da História da Lusitânia; D. Frei Caetano Brandão, seguramente o mais elevado espírito e a mais formosa alma que deitou o século XVIII em Portugal; o padre Cenáculo, o mais prodigioso semeador de bibliotecas; o padre António Pereira de Figueiredo, o autor do famoso Método de Estudar; Félix de Avelar Brotero, o insigne naturalista; o polígrafo abade Correia da Serra, e outros que não menciono porque teria de reproduzir um copioso catálogo se quisesse dar mais completa ideia do que foi a cultura portuguesa nessa fase da nossa evolução literária.»