Na parte superior avistamos as imagens das Três virtudes e no remate e na bacia de sustentação esculturas caricaturais.
Tem este órgão 2 teclados, mais de 1400 tubos de metal e grande número de registos, alguns de belo efeito, oboés, trombetas de batalhas, flautas transversais e napolitanas, pífaros.
Além do órgão principal um outro mais pequeno dentro de uma caixa, cujos tubos imitam os sons de rabecas, violoncelos e rabecões e sons longínquos ou ecos. Tem um bombo e um tambor muito afinado e na imitação do canto das aves.
Foi restaurado em 1889 pelo hábil organista Snr. Augusto Claro, por uma insignificante gratificação que lhe foi oferecida. Para esta restauração concorreram muitas pessoas com suas generosas esmolas («Órgão de Tibães», Commercio do Minho, 31/12/1889).
O majestoso órgão de Tibães encontra-se inutilizado pelos estragos causados pelo desuso e abandono.
Em 1998, o IPPAR lançou um concurso internacional para o restauro do Órgão, mas, segundo se diz, a obra não foi adjudicada à empresa vencedora alegando falta de idoneidade.
Entre os famosos fabricantes de órgãos de tubos, na cidade de Braga, conta-se o organeiro Lagonsinha, falecido em 1846, de nome Manuel de Sá Couto, residente junto da ponte de Lagonsinha ou Lagoncinha, na freguesia de Lousado, em Famalicão. Este fabricante de órgãos de tubos teve como mestre um frade do Convento de Tibães. A ele é atribuído o órgão do Bom Jesus, o da Igreja do Hospital de S. Marcos, que era do coreto da Capela Mor do Convento de Tibães, o da Igreja de S. Victor, o da Igreja da Lapa (Arcada), o da Igreja de Maximinos e o da Senhora-a-Branca.
Cheguei a tocar neste órgão, acompanhado pelo grupo coral, nas novenas do Menino Jesus, na Missa de Natal, na Festa do «Cerco». Não espero vir novamente a tocar nesse órgão, mas espero, ansiosamente, que o restauro esteja para breve, para que os seus sons ecoem no vasto templo da nossa freguesia.