Ai! Pobre Bernardino!
Cantou vitória bem cedo!
Andava mesmo num sino,
Pensava ser Presidente,
Mas, por um fatal destino,
Ficou a chuchar no dedo!
E daí todo espinhado,
Despeitado, furibundo,
Esquece que é cordeal,
Lambisgóia e et coetera,
E desata a dizer mal
Do Afonso e de todo o mundo.
Do Afonso por ter escrito
Aos vassalos democratas,
De bem conhecidos nomes;
- Votai no Teixeira Gomes!
Não voteis no Bernardino,
Mandai-o sachar batatas!
E dos outros deputados
Por não reconhecerem nele
O homem da situação
Que os ossos da votação
Lhe deram, aqueles míseros,
Já esburgados, sem pele…
Coitado do Bernardino,
Grande herói da Lusa Asneira
Isso foi chão que deu uvas:
Infeliz, velha criança,
Vai p´ro colo da viúva,
Pede chucha e mamadeira!...
Seja bem-vindo a «História por um Canudo».
Aqui encontrarão diversas investigações e publicações sobre áreas do meu interesse:
as minhas impressões;
a minha terra, Mire de Tibães;
o pedagogo e pai dos pobres, Frei Caetano Brandão;
o património de Braga.
domingo, 25 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
O SANTO PADRE CRUZ E O COLÉGIO DE S. CAETANO
Uma das grandes honras do colégio é, com certeza, a de haver tido como Director Interno o Dr. Francisco Rodrigues da Cruz, a quem Portugal inteiro carinhosamente chama o Santo Padre Cruz.
O magistério docente no Seminário de Santarém, como Professor de Filosofia, era deveras preocupante para a sua débil saúde. Por esta razão se afastou para gerir o Colégio dos Órfãos de S. Caetano, em Braga.
Viria a presidir aos desígnios desta instituição, durante oito anos (1886-1894), tendo grande influência nesta chamada D. António José de Freitas Honorato (1883-1898).
Vários episódios ilustram a sua preocupação pela educação dos alunos: as visitas à Falperra, seguidas de almoços melhorados e uma merenda, paga com as suas economias; as lágrimas que lhe corriam pelas faces, ao suplicar-lhes que se não deixassem escravizar pelos maus hábitos e os exemplos do Mestre, que correspondiam às virtudes que pregava. A educação que ministrava era um desafogo do braseiro de piedade que sempre ardeu no seu coração, dizia o Sr. P. Fernando Leite, sacerdote jesuíta. Cada manhã, antes da missa quotidiana, punha em evidência, durante quinze minutos, pontos nodais de reflexão sobre alguma passagem evangélica. Estimulava os alunos ao estudo e à aprendizagem dum ofício. Um dos maiores sucessos do Santo Padre Cruz consistiu nos 12 jovens que foram ordenados sacerdotes.
A sua actuação era discreta, eficaz e o seu zelo ia de sol a sol, do levantar ao deitar. As actas da CA descrevem, somente, os seus bons serviços e indicam a gratificação que durante anos usufruiu: 50$000 rs.
Mas a sua saúde não estava à altura das exigências de uma direcção eficiente. As continuadas dores de cabeça, associadas a um esgotamento cerebral, forçavam-no a permanecer no leito de dor dias seguidos. Desta forma o Director Interno Dr. Francisco Rodrigues da Cruz, atendendo ao seu estado de saúde, pede a exoneração do cargo, em 17 de Dezembro de 1894.
Nestas circunstâncias, apoderaram-se dele muitos escrúpulos por as forças não o ajudarem a desempenhar o lugar convenientemente. Dirigiu-se, assim, ao Superior dos Salesianos, entregando a Direcção aos filhos de S. João Bosco.
Alguns anos volvidos, seria o Provedor Dr. António Brandão Pereira a afirmar que «raro era o aluno que saía do colégio, que não derramasse lágrimas na despedida e que não ficasse escrevendo cartas sucessivas ao digníssimo director Dr. Francisco Rodrigues da Cruz». Um dos seus alunos, mais tarde sacerdote, testemunha: «Toda a sua santa vida era uma inspiração para todos nós».
O magistério docente no Seminário de Santarém, como Professor de Filosofia, era deveras preocupante para a sua débil saúde. Por esta razão se afastou para gerir o Colégio dos Órfãos de S. Caetano, em Braga.
Viria a presidir aos desígnios desta instituição, durante oito anos (1886-1894), tendo grande influência nesta chamada D. António José de Freitas Honorato (1883-1898).
Vários episódios ilustram a sua preocupação pela educação dos alunos: as visitas à Falperra, seguidas de almoços melhorados e uma merenda, paga com as suas economias; as lágrimas que lhe corriam pelas faces, ao suplicar-lhes que se não deixassem escravizar pelos maus hábitos e os exemplos do Mestre, que correspondiam às virtudes que pregava. A educação que ministrava era um desafogo do braseiro de piedade que sempre ardeu no seu coração, dizia o Sr. P. Fernando Leite, sacerdote jesuíta. Cada manhã, antes da missa quotidiana, punha em evidência, durante quinze minutos, pontos nodais de reflexão sobre alguma passagem evangélica. Estimulava os alunos ao estudo e à aprendizagem dum ofício. Um dos maiores sucessos do Santo Padre Cruz consistiu nos 12 jovens que foram ordenados sacerdotes.
A sua actuação era discreta, eficaz e o seu zelo ia de sol a sol, do levantar ao deitar. As actas da CA descrevem, somente, os seus bons serviços e indicam a gratificação que durante anos usufruiu: 50$000 rs.
Mas a sua saúde não estava à altura das exigências de uma direcção eficiente. As continuadas dores de cabeça, associadas a um esgotamento cerebral, forçavam-no a permanecer no leito de dor dias seguidos. Desta forma o Director Interno Dr. Francisco Rodrigues da Cruz, atendendo ao seu estado de saúde, pede a exoneração do cargo, em 17 de Dezembro de 1894.
Nestas circunstâncias, apoderaram-se dele muitos escrúpulos por as forças não o ajudarem a desempenhar o lugar convenientemente. Dirigiu-se, assim, ao Superior dos Salesianos, entregando a Direcção aos filhos de S. João Bosco.
Alguns anos volvidos, seria o Provedor Dr. António Brandão Pereira a afirmar que «raro era o aluno que saía do colégio, que não derramasse lágrimas na despedida e que não ficasse escrevendo cartas sucessivas ao digníssimo director Dr. Francisco Rodrigues da Cruz». Um dos seus alunos, mais tarde sacerdote, testemunha: «Toda a sua santa vida era uma inspiração para todos nós».
Política em Verso (5) - Zezão - 09-08-1923
Os amigos democráticos
Da Lisboa marmória e bela
Revelaram-se uns fanáticos!
Armaram p’ra lá tal tenda
Que do Governo Civil
Arrancaram a gamela
Ao doutor Pedro Fazenda!
Quem é que pode entendê-los?
São uns turrões, uns nabiças,
(Também os há em Barcelos
E entre eles mui boa prenda)
Que nem conhecem que o Pedro,
No fumeiro, entre as chouriças,
É sempre a melhor… Fazenda!
Mostram bem ser uns telhudos,
Obstinados, teimosos
E, em suma, uns abelhudos,
Aliás podiam bem
Gramar do Doutor Fazenda
Os palos apetitosos
E até o Pedro também.
Pois que dizem os p’riódicos,
Que por hi andam à venda,
Que, em faro, são diabólicos
Nem deixam nada em tinteiro,
(E em termos categóricos),
Que do tal Pedro Fazenda
É bem sortido o fumeiro.
Pois, meninos, que vos preste
A vós e à vossa gente!
Em vós mesmo quinau deste,
Querendo o Filipe Mendes,
Que é mesmo um osso esburgado!
Pois aflui lá o dente
Que agora na boca o tendes…
Post-Scriptum
Nas Bichas ou nos Foguetes
Do número da «Acção» passado,
Do Cardinas General
Veio o nome estropiado.
Os tipógrafos que são
Amigos de brincadeiras,
Lá por sua conta e risco,
Arvoraram-no em Cardeiras.
Influência do nome
Que lhes subiu ao toutiço?
Não, leitores, são bons rapazes
Que nunca apanharam …
Zezão
Da Lisboa marmória e bela
Revelaram-se uns fanáticos!
Armaram p’ra lá tal tenda
Que do Governo Civil
Arrancaram a gamela
Ao doutor Pedro Fazenda!
Quem é que pode entendê-los?
São uns turrões, uns nabiças,
(Também os há em Barcelos
E entre eles mui boa prenda)
Que nem conhecem que o Pedro,
No fumeiro, entre as chouriças,
É sempre a melhor… Fazenda!
Mostram bem ser uns telhudos,
Obstinados, teimosos
E, em suma, uns abelhudos,
Aliás podiam bem
Gramar do Doutor Fazenda
Os palos apetitosos
E até o Pedro também.
Pois que dizem os p’riódicos,
Que por hi andam à venda,
Que, em faro, são diabólicos
Nem deixam nada em tinteiro,
(E em termos categóricos),
Que do tal Pedro Fazenda
É bem sortido o fumeiro.
Pois, meninos, que vos preste
A vós e à vossa gente!
Em vós mesmo quinau deste,
Querendo o Filipe Mendes,
Que é mesmo um osso esburgado!
Pois aflui lá o dente
Que agora na boca o tendes…
Post-Scriptum
Nas Bichas ou nos Foguetes
Do número da «Acção» passado,
Do Cardinas General
Veio o nome estropiado.
Os tipógrafos que são
Amigos de brincadeiras,
Lá por sua conta e risco,
Arvoraram-no em Cardeiras.
Influência do nome
Que lhes subiu ao toutiço?
Não, leitores, são bons rapazes
Que nunca apanharam …
Zezão
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
MANTO BRANCO
Por volta das nove horas do dia 9 de Janeiro de 2009, um manto branco cobriu a região e a escola. Começou a cair intensamente e estendeu-se até ao fim da manhã. Para a maioria dos alunos, em idade escolar, foi a primeira vez que tiveram contacto com os flocos de neve, que erraticamente iam caindo e sobrepujando o chão de uma tonalidade mais branca de pálido. (A whiter shade of pale).
Difícil foi retirar o espírito dos alunos para os conteúdos programáticos. Era absolutamente normal, deixá-las cheirar, apalpar, visualizar e interiorizar sensações que raramente acontecem. Outros afoitaram-se a brincar aos bonecos de neve.
Difícil foi retirar o espírito dos alunos para os conteúdos programáticos. Era absolutamente normal, deixá-las cheirar, apalpar, visualizar e interiorizar sensações que raramente acontecem. Outros afoitaram-se a brincar aos bonecos de neve.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
75 ANOS DA PRESENÇA DE LA SALLE EM BRAGA
Em 24 de Janeiro de 2009, terá lugar a abertura oficial dos 75 anos de presença La Salle em Portugal. João Baptista de La Salle, filho de família nobre, nasceu em 1651 na cidade francesa de Reims. O Educador e Cónego de Reims, além de brilhar no céu da literatura francesa, foi beatificado e canonizado por Leão XIII. Este jovem cónego do tempo de Luís XIV, despojando-se de suas ricas prebendas e distribuindo os seus bens aos pobres, fez-se pobre com os necessitados e humildes. Para o efeito, em 1680, quase sem o pretender, viu-se embarcado na magna empresa da fundação duma congregação religiosa a que deu o nome de IRMÃOS DAS ESCOLAS CRISTÃS, hoje, também, mundialmente conhecidos por IRMÃOS DE LA SALLE.
Em Portugal, a presença dos Irmãos de La Salle, fez-se sentir em algumas localidades: em Abrantes, no Colégio La Salle, que funcionou de 1959 a 1975; em Lisboa, na Rua da Madalena, 89, 5.º, como residência de Irmãos estudantes universitários, entre 1970-71; no Porto, nas Oficinas de S. José, desde 1951 até 1975; em Leiria, no Externato D. Dinis, por espaço de dois anos, 1953 e 1954 e como noviciado, de 1954-60; em Lamego, durante três anos, onde deram apoio à Escola de Formação Social Rural; em Barcelos, onde funcionaram os Serviços Gerais de Formação entre 1954-57, 1966-69, 1975, o aspirantado em 1952, o escolasticado de 1956-58, o noviciado de 1960-66 e presentemente como externato misto.
Os Irmãos das Escolas Cristãs de João B. de La Salle entraram pela primeira vez em Portugal, através do Colégio de S. Caetano, em 7 de Setembro de 1933, a convite do Cónego Dr. José Martins Gonçalves e com as pertinentes diligências de D. António Bento Martins Júnior e D. Manuel Vieira de Matos. Os primeiros contactos para a entrada desta congregação em Portugal, mais concretamente, em Lisboa, remontam a 1854.
Em Portugal, a presença dos Irmãos de La Salle, fez-se sentir em algumas localidades: em Abrantes, no Colégio La Salle, que funcionou de 1959 a 1975; em Lisboa, na Rua da Madalena, 89, 5.º, como residência de Irmãos estudantes universitários, entre 1970-71; no Porto, nas Oficinas de S. José, desde 1951 até 1975; em Leiria, no Externato D. Dinis, por espaço de dois anos, 1953 e 1954 e como noviciado, de 1954-60; em Lamego, durante três anos, onde deram apoio à Escola de Formação Social Rural; em Barcelos, onde funcionaram os Serviços Gerais de Formação entre 1954-57, 1966-69, 1975, o aspirantado em 1952, o escolasticado de 1956-58, o noviciado de 1960-66 e presentemente como externato misto.
Os Irmãos das Escolas Cristãs de João B. de La Salle entraram pela primeira vez em Portugal, através do Colégio de S. Caetano, em 7 de Setembro de 1933, a convite do Cónego Dr. José Martins Gonçalves e com as pertinentes diligências de D. António Bento Martins Júnior e D. Manuel Vieira de Matos. Os primeiros contactos para a entrada desta congregação em Portugal, mais concretamente, em Lisboa, remontam a 1854.
No entanto, só decorridos setenta e nove anos chegaram a Portugal.
Política em Verso (4) - Zezão - 02-08-1923
Em redor do Presidente,
Que Nosso Senhor fará,
Tem, por aí, toda a gente
Bordado mil conjecturas
Sobre quem ele será…
Uns dizem que é o Sr. Fulano,
Outros que Cicrano é;
Uns que é Paulo ou fabiano
Outros crêem que é o Rodas
E outros que é o Pirolé.
No mister de Jornalista,
Que me preso de o ser,
Inda não dei c’uma pista
Segura nem c’um indício
Que me deixe o véu romper!
Os ilustres pataratas
Que, na feira de S. Bento,
Só sabem vender batatas,
Não se entendem na escolha
E tem d’olho mais dum cento!
Eu, se fosse consultado,
Escolheria à feição
Candidato abalizado
P’ra cada um dos partidos
Inteiros da situação.
Diria aos nacionalistas
Que, da comida no tacho,
Mas só p’ra fogo de vistas,
Pusessem, sem mais delongas,
O senhor Limpo Camacho.
Aos radicais, que da breca
São levadinhos – qu’agouro!...
Não indicava uma careca,
Mas um de pelo na venta,
O honrado… Dente d’Ouro.
Aos sidonistas, se os há,
- E creio que não, por mim…
Diria assim, p…á, pá:
- Quem vos serve p’ra tal cargo
É o Barbosa Canarim.
Se eu fosse dos democratas,
Olha, leitor, vê se furas…
Em quem, votava? Não matas!...
- No ilustre parlapatão
Do Bernardino Mesuras.
Mas aos Talassas que são
Mesmo umas pombas sem fel,
Diria em voz de pregão:
- «P’ra Presidente, Senhoras,
Votai em… D. Manuel!».
- E aos amigos do Sá Pereira
Quem aconselhas, Zezinho?
- Ai, filhos, que pagodeira!
Que votem no predilecto…
No Senhor… Copo de Vinho!
Zezão
Que Nosso Senhor fará,
Tem, por aí, toda a gente
Bordado mil conjecturas
Sobre quem ele será…
Uns dizem que é o Sr. Fulano,
Outros que Cicrano é;
Uns que é Paulo ou fabiano
Outros crêem que é o Rodas
E outros que é o Pirolé.
No mister de Jornalista,
Que me preso de o ser,
Inda não dei c’uma pista
Segura nem c’um indício
Que me deixe o véu romper!
Os ilustres pataratas
Que, na feira de S. Bento,
Só sabem vender batatas,
Não se entendem na escolha
E tem d’olho mais dum cento!
Eu, se fosse consultado,
Escolheria à feição
Candidato abalizado
P’ra cada um dos partidos
Inteiros da situação.
Diria aos nacionalistas
Que, da comida no tacho,
Mas só p’ra fogo de vistas,
Pusessem, sem mais delongas,
O senhor Limpo Camacho.
Aos radicais, que da breca
São levadinhos – qu’agouro!...
Não indicava uma careca,
Mas um de pelo na venta,
O honrado… Dente d’Ouro.
Aos sidonistas, se os há,
- E creio que não, por mim…
Diria assim, p…á, pá:
- Quem vos serve p’ra tal cargo
É o Barbosa Canarim.
Se eu fosse dos democratas,
Olha, leitor, vê se furas…
Em quem, votava? Não matas!...
- No ilustre parlapatão
Do Bernardino Mesuras.
Mas aos Talassas que são
Mesmo umas pombas sem fel,
Diria em voz de pregão:
- «P’ra Presidente, Senhoras,
Votai em… D. Manuel!».
- E aos amigos do Sá Pereira
Quem aconselhas, Zezinho?
- Ai, filhos, que pagodeira!
Que votem no predilecto…
No Senhor… Copo de Vinho!
Zezão
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
LEONARDO COIMBRA E O COLÉGIO DE S. CAETANO
José Leonardo Coimbra (1883-1936), figura proeminente da Renascença Portuguesa, que fundou juntamente com António Sérgio, Teixeira de Pascoaes e Raul Proença.
Nasceu na Lixa, em 29 de Dezembro de 1883, estudou em Penafiel, na Universidade de Coimbra, a Escola Naval de Lisboa, a Academia Politécnica do Porto e o Curso Superior de Letras.
O Anarquista, após uma experiência mal sucedida no Liceu Central do Porto, concorreu ao lugar de Director do Colégio dos Órfãos de S. Caetano, sob a protecção do Dr. Manuel Monteiro (Governador Civil) e do Dr. Domingos Pereira (Presidente da Câmara e Ministro do Interior), cargo a que foi provido.
A comissão administrativa do colégio decidiu em reunião efectuada em 16 de Setembro de 1911 pôr o cargo de Director Interno a concurso. Para o efeito, fez publicar dois anúncios, no Notícias do Norte, em 24 de Setembro de 1911 e 1 de Outubro de 1911.
Sendo o único concorrente, foi nomeado em 9 de Outubro de 1911 pela Comissão Administrativa. Foi recebido pelo corpo docente e pela Banda de Música do Colégio, pelas 14 horas do dia 27 de Outubro de 1911, na Estação dos Caminhos de Ferro. Segundo ele, foi recebido optimamente, como o Grande Elias do monólogo.
Implementou neste colégio a escola neutra e uma feição mais humanista (um colegial tinha sempre presença na sua mesa). Esta experiência, mal sucedida, foi muito curta.
Foi deputado, Ministro da Instrução Pública. Em 1913, filia-se no Partido Republicano e adere à Maçonaria.
A sua obra conduz-nos ao conceito de criacionismo, uma filosofia da liberdade que procura dar ênfase à capacidade criadora do pensamento.
Em 1935 adere à Igreja Católica e morre em 1936.
Nasceu na Lixa, em 29 de Dezembro de 1883, estudou em Penafiel, na Universidade de Coimbra, a Escola Naval de Lisboa, a Academia Politécnica do Porto e o Curso Superior de Letras.
O Anarquista, após uma experiência mal sucedida no Liceu Central do Porto, concorreu ao lugar de Director do Colégio dos Órfãos de S. Caetano, sob a protecção do Dr. Manuel Monteiro (Governador Civil) e do Dr. Domingos Pereira (Presidente da Câmara e Ministro do Interior), cargo a que foi provido.
A comissão administrativa do colégio decidiu em reunião efectuada em 16 de Setembro de 1911 pôr o cargo de Director Interno a concurso. Para o efeito, fez publicar dois anúncios, no Notícias do Norte, em 24 de Setembro de 1911 e 1 de Outubro de 1911.
Sendo o único concorrente, foi nomeado em 9 de Outubro de 1911 pela Comissão Administrativa. Foi recebido pelo corpo docente e pela Banda de Música do Colégio, pelas 14 horas do dia 27 de Outubro de 1911, na Estação dos Caminhos de Ferro. Segundo ele, foi recebido optimamente, como o Grande Elias do monólogo.
Implementou neste colégio a escola neutra e uma feição mais humanista (um colegial tinha sempre presença na sua mesa). Esta experiência, mal sucedida, foi muito curta.
Foi deputado, Ministro da Instrução Pública. Em 1913, filia-se no Partido Republicano e adere à Maçonaria.
A sua obra conduz-nos ao conceito de criacionismo, uma filosofia da liberdade que procura dar ênfase à capacidade criadora do pensamento.
Em 1935 adere à Igreja Católica e morre em 1936.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
FREI ANTÓNIO JOSÉ DA COSTA (FREI JOÃO DE S. MIGUEL)
Era irmão da minha pentavó. Filho de João José Gomes e de Ana Maria Peixoto, nasceu na Freguesia de São Miguel de Frossos, em 22 de Outubro de 1813. Neto paterno de Pedro Gomes Pereira do Lago e Teresa Maria da Silva, ambos naturais de Santa Cristina da Pousa. Neto Materno de António José da Costa e de Maria Peixota, naturais de Frossos. Foi baptizado pelo vigário António José da Ponte a 24 do mesmo mês e ano.
Ingressou na Ordem de S. Francisco.
Faleceu a 11 de Dezembro de 1888, com setenta e cinco anos. Foi sepultado na Igreja Paroquial de Frossos, quando era pároco o Padre Boaventura da Silva.
Faleceu a 11 de Dezembro de 1888, com setenta e cinco anos. Foi sepultado na Igreja Paroquial de Frossos, quando era pároco o Padre Boaventura da Silva.
Publicada por
José Carlos Gonçalves Peixoto
à(s)
22:16
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Personalidades e Famílias de Tibães
Política em Verso (3) - Zezão - 17-07-1923
Como é costume em gazetas,
Logo a gente ao começar
A escrever duas tretas,
Bem ou mal se apresentar,
Vou seguir na mesma esteira…
Direi quem sou, o que quero,
Embora faça uma asneira,
Em versos… a coxear…
Eu sou o tais… o que aqui,
Na nossa «Acção Social»,
Uma secção preenchi
E, por motivo da qual,
Leitor, só a ti to digo,
À traição e a cacete,
Me puseram como um figo…
Atrapalhado me vi!...
Tive uns cálc’los furados,
Saiu-me uma esp’rança morta,
Quis castigar uns malvados,
Deitei-lhes Bichas à porta…
Rabiaram, sim senhor,
Mas, oh céus, oh terra, oh nuvens!
Sempre apanhei … um calor…
Deixemos factos passados!
Olaréla! Eu sou teimoso!
Por isso continuarei
No mesmo trilho escabroso…
Mas, como agora já sei
O que a mim pode advir-me,
Vendo o caso mal parado,
Sempre deles hei-de rir-me!
De que modo? Eu bem sei…
Quando os vir muito exaltados
A esses perliquitetes,
Com ares de endemoninhados
Ou empunhando cacetes,
Fujo apressado e lampeiro…
E, na fuga, mostro meus brios,
Que, além de fogo rasteiro,
Largo-lhes mais uns… foguetes.
Logo a gente ao começar
A escrever duas tretas,
Bem ou mal se apresentar,
Vou seguir na mesma esteira…
Direi quem sou, o que quero,
Embora faça uma asneira,
Em versos… a coxear…
Eu sou o tais… o que aqui,
Na nossa «Acção Social»,
Uma secção preenchi
E, por motivo da qual,
Leitor, só a ti to digo,
À traição e a cacete,
Me puseram como um figo…
Atrapalhado me vi!...
Tive uns cálc’los furados,
Saiu-me uma esp’rança morta,
Quis castigar uns malvados,
Deitei-lhes Bichas à porta…
Rabiaram, sim senhor,
Mas, oh céus, oh terra, oh nuvens!
Sempre apanhei … um calor…
Deixemos factos passados!
Olaréla! Eu sou teimoso!
Por isso continuarei
No mesmo trilho escabroso…
Mas, como agora já sei
O que a mim pode advir-me,
Vendo o caso mal parado,
Sempre deles hei-de rir-me!
De que modo? Eu bem sei…
Quando os vir muito exaltados
A esses perliquitetes,
Com ares de endemoninhados
Ou empunhando cacetes,
Fujo apressado e lampeiro…
E, na fuga, mostro meus brios,
Que, além de fogo rasteiro,
Largo-lhes mais uns… foguetes.
sábado, 3 de janeiro de 2009
POLÍTICA EM VERSO (2) - ZEZÃO - 10-07-1923
Tem-se esfalfado a «Verdade»
E o «Barcelense» também
A gritar – e com razão –
Contra essa imoralidade
Que do hospital da vila
Se chama a administração.
É uma vergonha! Diz um
Que à frente de casa tal
‘steja quem brios não tem!
(E eu torço o nariz… hum, hum…)
- Olho da Rua! Diz outro
(Anda por aí… que andas bem!...)
Caros colegas, olhai!
O que vos diz quem nos anos
A experiência bebeu,
- Isto a palavras não vai!
Quem não tem vergonha, julga
Que todo o mundo é seu…
Quereis cobrir-vos de glória
E já, já sem tardança,
Que tudo entre nos eixos?
Dos fracos não reza a história…
Tretas não adubam sopas…
Arrumai-lhes para os queixos!
Que, ao ver a pancadaria,
A rir-se como um perdido
- Vê lá bem na que te metes!...
Cá o Zé não resistia
A deitar-lhes umas bichas
E lhes largar uns foguetes…
Zezão
E o «Barcelense» também
A gritar – e com razão –
Contra essa imoralidade
Que do hospital da vila
Se chama a administração.
É uma vergonha! Diz um
Que à frente de casa tal
‘steja quem brios não tem!
(E eu torço o nariz… hum, hum…)
- Olho da Rua! Diz outro
(Anda por aí… que andas bem!...)
Caros colegas, olhai!
O que vos diz quem nos anos
A experiência bebeu,
- Isto a palavras não vai!
Quem não tem vergonha, julga
Que todo o mundo é seu…
Quereis cobrir-vos de glória
E já, já sem tardança,
Que tudo entre nos eixos?
Dos fracos não reza a história…
Tretas não adubam sopas…
Arrumai-lhes para os queixos!
Que, ao ver a pancadaria,
A rir-se como um perdido
- Vê lá bem na que te metes!...
Cá o Zé não resistia
A deitar-lhes umas bichas
E lhes largar uns foguetes…
Zezão
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
PARA A HISTÓRIA DO COLÉGIO DE S. CAETANO
ARTIGOS PUBLICADOS NOS JORNAIS, RELACIONADOS COM OS «NEGÓCIOS DA QUINTA DA MADRE DE DEUS» DO COLÉGIO DE S. CAETANO:
- Diário do Minho, 1 de Janeiro de 2009;
- Diário do Minho, 2 de Janeiro de 2009;
- Diário do Minho, 27 de Dezembro de 2008;
- Diário do Minho, 24 de Dezembro de 2008;
- Diário do Minho, 01 deNovembro de 2008;
- Diário do Minho, 06 de Agosto de 2008;
- Diário do Minho, 02 de Agosto de 2008;
- Diário do Minho, 26 de Julho de 2008;
- Diário do Minho, 13 de Julho de 2008;
- Correio do Minho, 28 de Fevereiro de 2007;
- Diário do Minho, 29 de Maio de 2008;
- Diário do Minho, 01 de Junho de 2008;
- Diário do Minho, 16 de Junho de 2008;
- Diário do Minho, 20 de Junho de 2008.
- Diário do Minho, 1 de Janeiro de 2009;
- Diário do Minho, 2 de Janeiro de 2009;
- Diário do Minho, 27 de Dezembro de 2008;
- Diário do Minho, 24 de Dezembro de 2008;
- Diário do Minho, 01 deNovembro de 2008;
- Diário do Minho, 06 de Agosto de 2008;
- Diário do Minho, 02 de Agosto de 2008;
- Diário do Minho, 26 de Julho de 2008;
- Diário do Minho, 13 de Julho de 2008;
- Correio do Minho, 28 de Fevereiro de 2007;
- Diário do Minho, 29 de Maio de 2008;
- Diário do Minho, 01 de Junho de 2008;
- Diário do Minho, 16 de Junho de 2008;
- Diário do Minho, 20 de Junho de 2008.
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