sexta-feira, 2 de abril de 2010

TIBÃES EM TERRAS BRASILEIRAS

O Mosteiro de S. Martinho de Tibães representa um elo de ligação com a acção dos Beneditinos em terras brasileiras.
Para avaliar essa acção, bem como a influência desta ordem religiosa, basta consultar os Relatórios trazidos do Brasil, de três em três anos, aos «Capítulos Gerais» realizados em Tibães.
O primeiro «Capítulo Geral» reuniu-se no Mosteiro de Tibães, em 1570. A partir desta data e até 1834, os Abades Gerais de Tibães, passarão a ser eleitos trienalmente e governarão as províncias de Portugal e do Brasil da rica, poderosa e influente Ordem Beneditina.
A expansão da Ordem de S. Bento no Brasil é realizada já sob os auspícios de Tibães. No domínio da arte barroca, são de salientar as estreitas relações entre o barroco minhoto e o barroco mineiro, com particular destaque para a influência directa do Bom Jesus do Monte, no Bom Jesus de Matosinhos e em Congonhas do Campo.
A partir de 1575, são enviados para terras brasileiras muitos monges beneditinos portugueses para avaliar a possibilidade concreta da fundação de um mosteiro em terras de além mar. O local indicado seria a Cidade de São Salvador da Bahia. Os monges fundadores, em número de nove, chegaram à Bahia na Páscoa de 1582, oriundos do Mosteiro de São Martinho de Tibães, Casa Geral da Congregação Lusitana, fixando-se num terreno fora da cidade, onde já havia uma pequena Ermida dedicada a São Sebastião. No ano de 1584, o Mosteiro foi elevado à condição de Abadia. Popularmente é conhecido com o título de Mosteiro de São Bento da Bahia.