quarta-feira, 16 de março de 2011

Prémio Carreira para José Carlos Peixoto

 

autor
Marlene Cerqueira

 

O professor José Carlos Peixoto, da EB 2,3 Frei Caetano Brandão (Agrupamento de Escolas de Maximinos), foi distinguido pelo Ministério da Educação com o Prémio de Mérito ‘Carreira’. O docente recebeu ontem o prémio, em Lisboa, das mãos da ministra da Educação, Isabel Alçada.
O Prémio ‘Carreira’ distingue anualmente um professor que revelou, ao longo da carreira, a adopção de boas práticas e capacidade de lidar com as dificuldades, tornando-se uma referência para os seus pares e para os seus alunos, bem como para a restante comunidade educativa.
Lisonjeado, José Carlos Peixoto admitiu ao ‘Correio do Minho’ a enorme satisfação por ver o seu mérito “duplamente reconhecido”, primeiro ao nível da sua escola que o elegeu para propor a este prémio, e depois a nível nacional por ter sido distinguido por um júri composto por personalidades muito conhecidas e presidido pelo antigo ministro da Educação Roberto Carneiro.
Com uma carreira de quase quatro décadas, José Carlos Peixoto assume a sua humildade e frisa que nunca lutou por prémios.
Prémio dedicado a alunos, professores, escola e família
No discurso que fez no Ministério da Educação, onde decorreu a cerimónia, José Carlos Peixoto começou por dedicar o prémio aos seus alunos e realçar que sempre teve em consideração que “o motor da aprendizagem é a motivação’.
“No meu espírito sempre prevaleceu o estilo compreensivo (valores e regras sim, mas transmitidos com compreensão), afectivo, exigente, respeitador da identidade e do crescimento do aluno, ajudando a adaptar-se à realidade e a descobrir um mundo melhor, estimulando a criatividade, a cooperação, a tolerância e os novos recursos”, referiu o professor do Departamento de Ciências Sociais da Caetano Brandão.
O prémio foi também endereçado aos professores: “Queria partilhar este prémio carreira com todos os professores portugueses que, anonimamente, desenvolvem um trabalho maravilhoso e exemplar junto dos alunos e não encontram a oportunidade de serem reconhecidos”, referiu, alertando que “muitos professores mereceriam este prémio, pois diariamente dão o seu melhor, com sacrifício do tempo destinado à família, com o objectivo de formar jovens bem preparados para enfrentar os desafios actuais, numa perspectiva profissional e ética, jovens com mais conhecimentos e com mais cidadania, nunca através de uma imposição e endoutrinação, mas através de uma educação democrática e construtivista dos valores”.
E neste domínio aproveitou para destacar o seu trabalho como formador, orientador e coordenador junto da classe docente. A sua escola, a EB 2,3 Frei Caetano Brandão, mereceu uma menção especial, nas pessoas dos professores Virgílio Rego e Fernando Braga, este último o promotor da sua candidatura em nome do Conselho Pedagógico.
Recordou o papel que teve na atribuição, divulgação e promoção do pensamento do patrono da escola. “Além de propor o seu nome para patrono, divulguei o pensamento educacional de Frei Caetano Brandão”, realçou.
A família também não foi esquecida na hora de agradecer o prémio, lembrando “quantas vezes foi difícil gerir o tempo profissional e o tempo dedicado” aos seus.

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