Segundo as regras em vigor entre os beneditinos, de doze em doze dias, o barbeiro deslocava-se ao Mosteiro de Tibães para barbear os monges.
A chegada do barbeiro era preparada de véspera. Um caldeirão de água fervia com carqueja na barbearia.
A barbearia estava equipada com todos os apetrechos necessários ao seu funcionamento. Ao seu dispor estava, igualmente, preparado um armário com a roupa indispensável.
Os honorários do barbeiro, no século XVIII, eram satisfatórios: soldada anual de 70 alqueires de pão meado, 1 marrã de 50 arráteis ou 1.000 reis, 500 reis de sabão e 4 alqueires de trigo como pitança.
O Barbeiro era polivalente, pois além da higiene com a barba e o cabelo, também procedia a sangrias, lançava sanguessugas e tirava dentes.
O espaço destinado à barbearia, em 1797, ficou reduzido pois na parte norte foi montada aí uma botica.