segunda-feira, 9 de novembro de 2009

CONHECER BRAGA

JARDIM DE SANTA BÁRBARA
RUÍNAS ROMANAS DA CIVIDADE

As termas do Alto da Cividade foram construídas nos inícios do século II sobre parte de um edifício anterior. Possuem forma rectangular e orientação NO-SE. A entrada fazia-se a sul por um pequeno pórtico colunado (1) que dava acesso a um átrio (2). A primeira sala corresponde a um apoditério (apodyterium) (6) com uma piscina de água fria (7). No Inverno, esta sala era aquecida. Deste compartimento, onde os utentes se despiam, saia-se para um corredor (8) que permitia aceder à palestra (palaestra) (24), amplo espaço aberto para exercícios físicos, ou ao frigidário (frigidarium) (9), onde se iniciava o circuito de banhos. Este deveria contemplar um itinerário frio-quente-frio, pelo que, partindo do frigidário (9), deveria aceder-se ao tepidário (tepidarium) (11 e 12), para, finalmente, se usar um compartimento muito quente, onde se transpirava, chamado caldário (caldarium) (13). Regressava-se ao frigidário (9) por percurso retrógrado, com possibilidade de sair novamente para a palestra (24).
O aquecimento das salas quentes era assegurado pela construção de câmaras ocas, sob os pavimentos das salas, chamadas hipocaustos, por onde circulava o ar quente produzido em fornalhas, chamadas praefurnia (pr1, Pr2 e Pr3). Esse ar circulava ainda pelo interior das paredes, através de tubulaturas, ou tijolos ocos, chamados tubuli laterici, garantindo-se, deste modo, um forte aquecimento de algumas salas, como acontecia com o caldário (13).
As termas do Alto da Cividade possuíam várias zonas de serviços, a maior das quais situada na parte norte do edifício (14, 19,20 e 21) e destinava-se à armazenagem das grandes quantidades de lenha que eram queimadas para garantir tanto o aquecimento das salas como da água necessária às piscinas. A água era aquecida em caldeiras que se colocavam sobre as fornalhas, circulando depois pelas paredes, através de tubos.
CAFÉ «A BRASILEIRA»
ANTIGO PAÇO ARQUIEPISCOPAL DE BRAGA


MUSEU COMENDADOR NOGUEIRA DA SILVA
Este Museu deve a sua fundação ao legado, feito em Setembro de 1975, a favor da Universiadade do Minho, pelo Comendador António Augusto Nogueira da Silva, originário de uma família bracarense. O edifício é da autoria do Arquitecto Rodrigues Lima. A exposição permanente inclui colecção de porcelana, peças de mobiliário, pintura, prata, marfim, tapeçaria e azulejos. O seu belo jardim é de inspiração francesa. No jardim encontramos dois painéis de azulejos holandeses do século XVIII, azuis e brancos, bem como uma escultura de Apolo e Dafnée, cópia de um trabalho de um escultor italiano de nome Bernini. No fundo do jardim encontra - se uma fonte Barroca originária do Mosteiro de Tibães.
MUSEU DA IMAGEM
O Museu da Imagem é tutelado pelo pelouro da cultura da Câmara de Braga. Promove regularmente exposições de fotografia. É responsável pela recuperação de um vasto espólio herdado da Foto Aliança e da Foto Pelicano. Está instalado numa torre medieval da cidade.
MUSEU DOS BISCAINHOS

O Museu dos Biscainhos encontra-se instalado num notável conjunto patrimonial integrado por um imóvel e Jardim Histórico Barrocos. Como componente programática, a instituição ilustra a vivência da sociedade nobre portuguesa, no contexto de uma Casa Senhorial dos séculos XVII e XVIII. O organismo enquadra colecções de Artes Decorativas que, complementadas pela estrutura e riqueza ornamental do conjunto nos permitem definir os conteúdos mais marcantes e dos hábitos domésticos e sociais do período. A Casa dos Biscainhos terá sido fundada na primeira metade do século XVII. Destacou-se o nome do Dr. Constantino Ribeiro do Lago, figura grada de então, que aqui se casou e constituiu descendência. Ao longo do séc. XVIII e entrando pela centúria seguinte, os descendentes foram alterando e valorizando o imóvel, revestindo-o de belíssimos interiores ornamentais com paredes apaineladas de azulejos, avivadas em alegre ou suave policromia pictórica, e tectos modelados em delicados estuques. O palácio foi passando de geração em geração, dentro da mesma família, por mais de três séculos, até que o seu derradeiro proprietário, o 3.º Visconde de Paço de Nespereira, o vendeu para instalação do actual Museu.
Os Jardins do Museu dos Biscainhos constituem-se como um dos mais notáveis exemplares de Zona Verde do Norte do País, desfrutável no seio de uma cidade. A sua importância dimensiona-se a vários níveis: apresentar-se como uma das raras sobrevivências de Jardim histórico, que se disponibiliza a toda a comunidade, constituir um Conjunto Patrimonial Barroco datável do século XVIII, integrando escultura e arquitectura do maior interesse artístico, representar uma Zona Ambiental de destacável significância, assumindo-se como um dos pulmões da cidade de Braga.
No Jardim do Museu existem 11 fontes (incluindo os dois espelhos de água das «casas do jardim». A árvore mais antiga do jardim é um Tulipeiro da Virgínia que tem mais de 200 anos. O Jardim apresenta 3 níveis e chamam-se (Terreiro) Formal, Pomar e Horta. Na escultura que se encontra no jardim por baixo da cúpula está representado S. João Baptista.
MUSEU HENRIQUE MEDINA E PIO XII



MUSEU REGIONAL DE ARQUEOLOGIA D. DIOGO DE SOUSA




O conteúdo deste museu é constituído pelo espólio resultante da investigação arqueológica realizada na região norte. Este património data de 1918, ano em que foi definido como museu de arqueologia. O seu acervo está compreendido entre o período Paleolítico e a Idade Média. As ruínas da Bracara Augusta, as termas romanas do Alto da Cividade, o núcleo habitacional das Carvalheiras os mosaicos romanos, são exemplos do riquíssimo espólio deste museu.
No seu Jardim encontramos 15 marcos miliários (marcos cilindrícos colocados na margem das principais vias romanas, a cada mil passos (1480 metros) e indicavam a distância à cidade de origem do caminho. Em cada marco era gravado o nome do imperador reinante, que mandou construir ou recuperar essa via), em alguns deles encontramos o nome da cidade de Braga Bracaraavg (Bracara Augusta), e na parte superior de um desses marcos encontramos as letras AVG, nome de um imperador Augusto.