domingo, 4 de novembro de 2007

RUÃES (1821-1996)






RUÃES (1821)
Entre 1821 e 1886, o lugar de Ruães fez parte da freguesia de S. Paio de Merelim.
RUÃES (1876)
- Fabrica de papel de Ruães, O Commercio do Minho, 1-02-1876.
- No dia 16-02-1876 casaram o Sr. Visconde de Ruães com D. Ana Carolina Jácome de Sousa Pereira e Vasconcelos da nobre casa dos Avelares. A cerimónia teve lugar na capela da Quinta de Ruães, sendo celebrante o Padre João Rebelo Cardoso de Menezes. O Commercio do Minho, 19-02-1876.
- Fábrica de Ruães, Engenheiro Smith, O Commercio do Minho, 26-02-1876.
RUÃES (1877) - inauguração
- Inauguração da Fábrica de Ruães, no dia 25 de Abril, pelas 11 hs, O Commercio do Minho, 24-04-1877; 1-05-1877; 31-05-1877.
- No dia 10-06-1877, realizou-se uma festa grandiosa aos SS. Corações de Jesus e de Maria feita pelas duas associações respectivas instituídas naquela freguesia, O Commercio do Minho, 21-06-1877.
- Inauguração da Fábrica de Papel de Ruães (Cf. O Jornal O Espreitador).
RUÃES (1878) - penhora
- Penhora sobra a Fábrica de Ruães, O Commercio do Minho, 13-08-1878.
- Arrematação da penhora feita pelo Visconde de Fragozela à Fábrica de Ruães, O Commercio do Minho, 24-08-1878; 26-10-1878.
RUÃES (1886)
No lugar de Ruães, freguesia de S. Paio de Merelim, houve Domingo à noite uma grave desordem (O Regenerador, 11/7/1886).
No dia 3/10/1886 foram arrematados em Praça Pública, os terrenos e material mecânico pertencentes à Fábrica de Ruães sob a base de licitação de 30.000#000 rs ( O Constituinte, 29/9/1886 e 6/10/1886).Foi arrematada por uma parceria de 10 sócios, esta importante fábrica de papel, pela quantia de 30.000#000 rs. Desta sociedade faz parte o Snr. Manuel Joaquim Gomes, arrojado industrial desta cidade, o qual nutre os maiores desejos de fazer ali importantes melhoramentos (O Domingo, 10/10/1886).
Foi adjudicada por 30 contos de reis ao Sr. Alberto Oliveira esta importante fábrica, que uma parceria, que aquele cavalheiro representa, pretende explorar (O Regenerador, 7/10/1886).
Frossos chegou a ser a sede do sindicato dos taxinhas e têxtil das Fábricas de Ruães e Braga.
RUÃES (1887) – O Americano
Tem-se procedido nos últimos dias aos estudos definitivos para o assentamento da linha americana que tem de ligar esta cidade com a importante fábrica de papel situada na freguesia de Ruães ( Aurora do Minho, 11/12/1887 ).
RUÃES (1887) – O Telégrafo
Alguns empregados da estação telégrafo-postal, desta cidade, vão amanhã a Ruães, a fim de estabelecerem uma linha telegráfica para pôr em comunicação a fábrica de papel ali estabelecida com a cidade ( Aurora do Minho, 30/10/1887 ).
RUÃES (1888) – Arrematação da Quinta
Em 11 de Novembro de 1888, arrematação judicial por metade da louvação da Quinta de Ruães e suas pertenças tudo de natureza alodial, composta dos seguintes prédios:
1- Casa apalaçada em S. Paio de Merelim.
2- Um pedaço de terra, em Palmeira.
3- Bouça grande do rio, em S. Paio de Merelim.
4- Campo de Fóra, no lugar de Ruães.
5- Bouça da Ladroeira em Tibães.
6- Azenhas na Ponte de Prado.
Todas estas propriedades formam a dita Quinta de Ruães e entra em praça por metade do seu valor, isto é, pela quantia de 16.180#000 rs (O Constituinte, 31/10/1888).
A quinta foi arrematada por João Cardoso Júnior, representante e sócio duma firma do Porto - Miguel Augusto, Fonseca e Cardoso, que era a exequente, por 22.000#000 rs.
RUÃES ( 1889) – Companhia Fabril do Cávado
O Diário do Governo do dia 3 de Agosto de 1889, publica os estatutos da Cª.Fª. do Cávado, com sede no Porto e o capital de 200 contos dividido em acções de 100#000 rs.
Esta sociedade foi formada sobre a parceria da Fábrica de Papel de Ruães e tem por fins o fabrico do Papel, a fiação de algodão, a tecelagem e a estamparia.
Para gerentes foram nomeados os Snrs. Alberto Carlos de Oliveira, Alexandre Peres e Manuel Joaquim Gomes. Um deles terá a residência em Braga, vencendo cada um o ordenado anual de 1.200#000 rs.
Ruães (1893) – Turbinas do Cávado
Realiza-se ao meio-dia, do dia 22-01-1893, nas oficinas desta companhia, em Ruães, a experiência e inauguração de duas novas turbinas com a força de 110 cavalos cada uma que ali foram instaladas ultimamente (O Progressista, 20/1/1893, Commercio do Minho, 19/1/1893).
RUÃES (1893) - Telefone
Foi concedida licença duma linha telefónica para a importantíssima Fábrica de Papel de Ruães ( O Progressista, 3/1/1893 ).
RUÃES (1895) – Nova Fábrica
Inaugurada, em 4 de Fevereiro, a nova fábrica de tecidos, em Ruães, vizinha à de papel e explorada pela Companhia Fabril do Cávado, que é também proprietária desta última.
A nova fábrica, cujas turbinas são movidas pela corrente do Cávado, foi construída em proporções avantajadas, devendo portanto dar bom resultado à companhia exploradora ( Commercio do Minho, 5/2/1895 ).
RUÃES (1900) – Banda de Música
Foi inaugurada na Fábrica de Ruães uma Banda de Música, em Abril de 1900, sob a Direcção do Sr. Delfim José Teixeira, músico da Banda de Infantaria 8. O Sr. José Júlio Coelho Pereira, administrador da fábrica, na ocasião da inauguração da Banda de Música ofereceu um lauto jantar aos executantes ( O Progressista, 24/4/1900).
Conhecemos algumas participações desta banda: Nas festas de S. João ( Commercio do Minho de 21/6/1902) de 1902, e na peregrinação ao Sameiro (Commercio do Minho de 2/9/1902), em 31 de Agosto de 1902.
RUÃES (1916) - manifestação
Os operários da Fábrica de Ruães manifestaram-se por causa da crise do Papel.
RUÃES (1919) - greve
Paralisou completamente a Fábrica de Fiação e Tecidos da Companhia Fabril do Cávado, ficando desempregados 900 operários de ambos os sexos (Commercio do Minho, 6/4/1919).
RUÃES (1922) - incêndio
Incêndio na Fábrica em 5 de Novembro (Diário do Minho). Directores da Companhia Fabril do Cávado: Manuel Alves de Freitas e João Maria de Sousa Paiva.
RUÃES (1996) – Leilão da Fábrica
No dia 4 de Novembro de 1996, pelas 11 horas foi a leilão a denominada «Fábrica de Ruães», composta de edifícios de oficinas de fiação, tecelagem, serralharia, edifícios para refeitório, creche, garagem, armazéns de materiais e cabine eléctrica, tudo com uma área coberta de 16.900 metros quadrados. Compreende igualmente um terreno com vinha, com a área de 15.500 metros quadrados e uma quinta de cultura, ramada e vinha com 24.000 metros quadrados. O valor base de licitação é de 200 mil contos. Esta fábrica era pertença da empresa «Fantory - Indústria Manufactora de Têxteis, L.da, em Ruães, Mire de Tibães, que havia encerrado em 1989 e falido em 1991. Deixou 450 trabalhadores como credores (Diário do Minho, 29/10/1996).