No campo denominado do Vigário, pertencente à Quinta do Assento, na vizinha freguesia rural de Mire, um pouco além dos Doze Apóstolos (pois chamam assim a uma dúzia de corpulentos sobreiros que se agrupam à margem direita da estrada), existiu outrora a primitiva Igreja Paroquial de Mire (daí a razão do topónimo), cuja fundação é tradicionalmente atribuída a Teodomiro, rei dos Suevos, no ano de 560; se é que não é ao seu sucessor Ariamiro, chamado usualmente de Mire, nos anos de 570. (Fr. Paulo lanes, Era y Fechos de Espana, L. H, C. XXVII ).
Por apresentação do abade do Mosteiro de Tibães, Gonçalo Gomes, foi confirmado em Reitor da Igreja de Mire, João Martins, na era de 1310 (ano de 1272).
Por falecimento do Abade Pedro de Sousa Faria, o Mosteiro de Tibães tomou posse da dita Igreja de Mire, em 1558.
No entanto, Simão de Faria impetrou da Santa Sé renúncia desta Igreja, obtendo-a no mesmo ano. E como pretendesse ter direito de apresentação, fez-se-lhe um contrato de obrigação, ainda no mesmo ano, da pensão anual de 15#000 rs, imposta sobre os frutos da Igreja.
O Arcebispo D. Baltazar Limpo (1550 a 1558), num alvará escrito em pergaminho, ordenou a união da dita Igreja ao mesmo Mosteiro de Tibães, repondo-a na forma em que estava antes do comendatário, que em seu tempo a desanexara.
Mais tarde, o arcebispo D. Frei Aleixo de Meneses, por Alvará de 6 de Novembro de 1614, da ordem dos eremitas de Santo Agostinho, uniu e incorporou esta freguesia ao Mosteiro de Tibães; e foi então que se mandou demolir a antiquíssima Igreja Matriz, que estava ameaçando ruína, ficando desde logo, para todos os efeitos, estabelecida a Paróquia no referido Convento.
Os religiosos beneditinos obrigaram-se, por essa ocasião, a mandar compor os caminhos vicinais, para que os paroquianos pudessem comodamente concorrer às missas, confissões e demais actos do culto.
O D. Abade Geral de Tibães, Frei António dos Reis (digno abade geral da ordem de S. Bento em Portugal), fez construir a actual capela-igreja de Santa Maria de Mire, com seu alpendre, tudo dum gosto simples, a uns 200 ms de distância da extinta Igreja. Mandou então gravar na padieira da porta a inscrição:
ORS. AO P. F. ANTO. DOS REIS. DO. ABBE GERAL. DA ORDE. SBETO ENPORTVGAL. MANDOV FASER. ESTA. ERMIDA. POR SVA DEVAÇAM. ANNO. DOMINI. 1616.
Foi também gravada, no lado direito da mesma porta, da Capela-Igreja de S.ta Maria de Mire, actualmente mais conhecida por N.ª Sr.ª do Ó ou da Expectação, uma quadra em verso octossílabo, embora a mesma distribuída em seis linhas, estando na segunda a vozes em lugar de a vós:
TODO MUNDO EM IE
RAL S VOZES RAIN
HA ESCOLHIDA DIG
AM. QVE SOIS COMSE
BIDA SEM PECAD
OVRIGINAL 1627.
(Todo o mundo em geral,
A vós Rainha escolhida,
Digam que sois concebida,
Sem pecado original. 1627).
Também pode ler-se numa lápide na frontaria da Capela da Sr.ª do Ó «Foi reedificada com esmolas dos fiéis em 1934».
Com as ofertas do povo de Mire de Tibães, a Capela de N.ª Sr.ª do Ó foi praticamente toda remodelada e ampliada, em 1985, tornando-se mais espaçosa, para os fiéis poderem comodamente participar nos actos litúrgicos. Conservou-se o altar-mor e o arco central.
No presente ano, igualmente, com esmolas do povo, estão a decorrer obras contra a infiltração de humidades.
Por apresentação do abade do Mosteiro de Tibães, Gonçalo Gomes, foi confirmado em Reitor da Igreja de Mire, João Martins, na era de 1310 (ano de 1272).
Por falecimento do Abade Pedro de Sousa Faria, o Mosteiro de Tibães tomou posse da dita Igreja de Mire, em 1558.
No entanto, Simão de Faria impetrou da Santa Sé renúncia desta Igreja, obtendo-a no mesmo ano. E como pretendesse ter direito de apresentação, fez-se-lhe um contrato de obrigação, ainda no mesmo ano, da pensão anual de 15#000 rs, imposta sobre os frutos da Igreja.
O Arcebispo D. Baltazar Limpo (1550 a 1558), num alvará escrito em pergaminho, ordenou a união da dita Igreja ao mesmo Mosteiro de Tibães, repondo-a na forma em que estava antes do comendatário, que em seu tempo a desanexara.
Mais tarde, o arcebispo D. Frei Aleixo de Meneses, por Alvará de 6 de Novembro de 1614, da ordem dos eremitas de Santo Agostinho, uniu e incorporou esta freguesia ao Mosteiro de Tibães; e foi então que se mandou demolir a antiquíssima Igreja Matriz, que estava ameaçando ruína, ficando desde logo, para todos os efeitos, estabelecida a Paróquia no referido Convento.
Os religiosos beneditinos obrigaram-se, por essa ocasião, a mandar compor os caminhos vicinais, para que os paroquianos pudessem comodamente concorrer às missas, confissões e demais actos do culto.
O D. Abade Geral de Tibães, Frei António dos Reis (digno abade geral da ordem de S. Bento em Portugal), fez construir a actual capela-igreja de Santa Maria de Mire, com seu alpendre, tudo dum gosto simples, a uns 200 ms de distância da extinta Igreja. Mandou então gravar na padieira da porta a inscrição:
ORS. AO P. F. ANTO. DOS REIS. DO. ABBE GERAL. DA ORDE. SBETO ENPORTVGAL. MANDOV FASER. ESTA. ERMIDA. POR SVA DEVAÇAM. ANNO. DOMINI. 1616.
Foi também gravada, no lado direito da mesma porta, da Capela-Igreja de S.ta Maria de Mire, actualmente mais conhecida por N.ª Sr.ª do Ó ou da Expectação, uma quadra em verso octossílabo, embora a mesma distribuída em seis linhas, estando na segunda a vozes em lugar de a vós:
TODO MUNDO EM IE
RAL S VOZES RAIN
HA ESCOLHIDA DIG
AM. QVE SOIS COMSE
BIDA SEM PECAD
OVRIGINAL 1627.
(Todo o mundo em geral,
A vós Rainha escolhida,
Digam que sois concebida,
Sem pecado original. 1627).
Também pode ler-se numa lápide na frontaria da Capela da Sr.ª do Ó «Foi reedificada com esmolas dos fiéis em 1934».
Com as ofertas do povo de Mire de Tibães, a Capela de N.ª Sr.ª do Ó foi praticamente toda remodelada e ampliada, em 1985, tornando-se mais espaçosa, para os fiéis poderem comodamente participar nos actos litúrgicos. Conservou-se o altar-mor e o arco central.
No presente ano, igualmente, com esmolas do povo, estão a decorrer obras contra a infiltração de humidades.