segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

TIBÃES - Sabia que...





- Batalha de Pedroso em 18 de Janeiro de 1071. Junto a Tibães teve lugar A Batalha de Pedroso («Folhas soltas da História de Braga», O Regenerador, 5/8/1886 e 8/8/1886). Este batalha tem lugar nos Campos de Tibães entre o Rei D. Garcia e o Conde Nuno Mendes. Na partilha dos vastos estados que Fernando Magno herdara pela conquista, pertenceu a seu filho Garcia o Reino da Galiza e a parte de Portugal além do Mondego.
- Direito de padroado, 1578. D. Sebastião estabeleceu concórdia e transação com os Religiosos de Tibães, largando e demitindo de si o direito de padroado em apresentar comendatários nos Mosteiros Beneditinos deste reino; e demitiu-o com todas as suas rendas, foros, direitos, juridisções, igrejas e tudo o que legitimamente lhes pertencia, do mesmo modo que ele e os seus antecessores estavam de posse; com a condição de lhe darem anualmente cinco mil cento e cincoenta cruzados, que eram cinco partes das doze em que foram avaliadas as mesas abaciais dos oito mosteiros.
- Impedimento de Transporte de mantimentos, em 28 de Agosto de 1580. O Vigário Geral, Gregório Rodrigues expediu uma carta de interdito, para o Mosteiro de Tibães, por motivo das Justiças daquelas terras impedirem o transporte de mantimentos para Braga, prenderem e vexarem os moradores da cidade.
- Frei Bento de S. José nasceu na cidade de Braga, em 11 de Julho de 1713, o Padre Pregador Frei Bento de S. José, na Rua da Cruz de Pedra, que na época se chamava Bento de Azevedo. Na idade de 23 anos tomou o hábito do Mosteiro de S. Bento da Vitória, do Porto, aos 6 de Janeiro de 1737, sendo Geral da Congregação o Padre Mestre Dr. Frei Manuel da Graça. Faleceu no Mosteiro de Tibães a 2 de Agosto de 1790 Jaz sepultado no lanço do Claustro que corre da porta da ante-sacristia para a portaria, ao longo da igreja, na sepultura n.º 24.
- Batalha em 1759: «No terreiro da Quinta (da Madre de Deus) se postou o batalhão de Viana, que se achava nesta cidade no bloqueio dos jesuitas, com seu coronel Sebastião Pinto Rubim o qual ordenou dar tres descargas. Brandio elle e o tenente coronel D. João de Sousa os seus espontoens. Acompanharão a Sua Alteza o Geral de Tibaens, o Dom Abbade de Bouro, o reitor de Villar e finalmente todos os corpos de justiça e nobreza da cidade e de Barcelos e Guimaraens muitos. Os vivas e as aclamaçoens erão infinitas, dadas de vontade por todos. Elle logo deu beije mão e foi comprimentado por seis conegos mais. Seguirão os tres dias de illuminação na cidade. Outeiros em todos elles, na dita quinta, com boas orquestras» (Memórias particulares de Inácio José Peixoto, ADB/UM, Coord. de José Viriato Capela,, Braga, 1992, p. 41).
- Ainda hoje, ao passarmos na cerca do convento, somos surpreendidos por buracos, antigas minas de volfrâmio, onde os trabalhadores, como dizia Aquilino Ribeiro, pareciam toupeiras insaciáveis arrancando à terra o pó mineral, negro e denso que endurecia os canhões que incendiavam a guerra, bem como para a fabricação de ferramentas cortantes e perfurantes, balas e granadas. Esta actividade era bem visível em 1916. Os trabalhos de pesquisa nas minas de volfrâmio, ultimamente registadas pelos Srs. Herculano de Matos Braga, inspector de finanças, deste distrito, Manuel Joaquim de Paiva, estimado farmacêutico desta cidade e Luís Augusto Correia da Cunha, abastado capitalista, animou, também, o contrabando deste mineral.
O grande impulso destas minas acontece no início da segunda guerra mundial. Américo Costa, no Dicionário Corográfico de Portugal (vol. X, Porto, 1948, p. 885) regista em S. Gens uma mina de volfrâmio em Mire de Tibães, cuja concessionária é a Sociedade de Minérios de S. Gens, com alvará datado de 3 de Dezembro de 1947.
- Camilo Castelo Branco celebrizou a lenda do «Túnel de Tibães» na obra A Bruxa do Monte Córdova. Nesta lenda, um frade provocou graves conflitos em cabeceiras de Basto. Chamado a Tibães é julgado e condenado em capítulo. No entanto, muitos dos seus continuaram a considerá-lo inocente, construíram um túnel que iria da Sala do Tronco até extra-muros do mosteiro por onde ele se pudesse evadir.
- No dia 30 de Agosto de 1874, festejou-se a festividade em honra de S. Gens, situado no cume da montanha sobranceira ao Convento de Tibães, com brilhante iluminação, fogo de ar, a Banda da Música da Graça, e sermão pelo Padre Joaquim José Gomes de Oliveira da freguesia da Graça (O Commercio do Minho, 03 de Setembro de 1874).
- Celebrou-se em Tibães a expensas da Associação das Filhas do SS. Coração de Maria, a festividade em honra da Virgem. No dia 3 houve confissões, no dia 4, 6.ª feira, primeira comunhão para as meninas daquela associação e para os meninos da freguesia. No púlpito esteve o Reverendo Padre José Coura da Costa da freguesia de Cervães. De tarde, houve exposição, sermão e procissão com os meninos incorporados em duas alas dirigidos pelo reverendo padre Joaquim Fernandes Lopes. Fechava a procissão a Banda de Música da Graça. No domingo 6 houve lugar a um convívio (O Commercio do Minho, 10 de Junho de 1875)».
- Pelo recenseamento de 1878-1880, Mire de Tibães tinha 161 eleitores (Diário do Minho, 20 de Março de 1879)».
- O Sr. Manuel José da Silva Graça, da freguesia de Tibães, irmão do Sr. Domingos José da Silva Graça fez exame de farmácia no passado dia 29, na Escola Médico Cirúrgica do Porto, ficando plenamente aprovado. In Cruz e Espada, 5 de Abril de 1884.
- O Presidente da Junta de Freguesia, Sr. Domingos José G. Veiga, fez uma petição ao governo a favor do Convento de Tibães («O Convento de Tibães», Commercio do Minho, 2/7/1885).
- A Câmara nomeou dois cidadãos em cada freguesia para informar acerca das congruas paroquiais. Para Mire de Tibães foram nomeados: Manuel Gomes e Paulo José Gonçalves (Commercio do Minho, 14/1/1893).
- Além doutros claustros há-os do Tronco e o do Cemitério, de arcaria elegante. Foi no primeiro, que um incêndio se manifestou, pelas três horas da tarde do dia 11 de Julho de 1894, numa porção de centeio e trigo que o pobre do caseiro tencionava malhar no dia seguinte. A coragem dos rurais, as bombas dos Bombeiros Voluntários da Fábrica de Ruães, dos Bombeiros Voluntários e Municipais, e energia do operariado da Fábrica de Ruães, polícias civis e uma força de Regimento de Infantaria 8 foram fundamentais no auxílio e combate ao incêndio (O Progressista, 13 de Julho de 1894). O Caseiro estava para a Romaria de S. Bento da Várzea (Commercio do Minho, 12 de Julho de 1894), orago do mosteiro. O fogo derrubou parte da arcaria do claustro do tronco, introduziu-se na capela das culpas, carbonizou magníficas telas, riquíssimas imagens, molduras, estalava e destruía o soberbo azulejo verde onde se desenhavam cenas da vida dos Santos. No dia 13 de Julho de 1894, o jornal O Folião traz um desenho sobre o incêndio do convento, que teve lugar em 11 de Julho de 1894.
- Vai proceder-se à reparação de uma parte deste convento, casa mãe dos beneditinos, que ultimamente sofreu grandes danos resultantes de um incêndio. Para essa reparação o governo concedeu o subsídio de 500#000 rs e o Sr. Comendador José António Vieira Marques, proprietário do convento, concorre para o mesmo fim com 100#000 rs ( Commercio do Minho, 18 de Setembro de 1894).
- Convento de Tibães (curiosidades históricas) 19 de Julho de 1894. O jornal A Voz da Verdade, neste dia, e em 26/7/1894, 9/8/1894, 16/8/1894, insere alguns artigos com este título.
- Nomeado regedor efectivo o Sr. Joaquim Machado Duarte (ainda se mantinha em 1908); Substituto - Francisco José Dias.
- Foi inaugurada festivamente uma nova escola na freguesia de Tibães, em 5 de Fevereiro de 1902 (Correio do Minho, 7 de Fevereiro de 1902).
- Domínios directos e foros da freguesia de Mire de Tibães, em 1904 (Correio do Minho, 4/3/1904, 8/3/1904, 25/3/1904).
- O governo concedeu um subsídio de 180#000 rs para as obras de restauro do zimbório da escada principal do Mosteiro de Tibães ( Correio do Minho, 24 de Maio de 1904 ).
- Elias José da Silva, depositário da Caixa Postal, em 1906.
- D. Angélica de Jesus e Silva, professora do ensino primário em 1906.
- Faleceu 4ª feira, em 15 de Dezembro de 1915, na freguesia de Parada de Tibães, o Sr. José António Coelho, abastado proprietário, pai do Rev.do Manuel Joaquim Marques Coelho, abade de Tibães e do Padre José Marques Coelho, capelão do Sameiro (Commercio do Minho, 18/12/1915) .
- Minas de Tibães (Prosseguem com grande actividade os trabalhos de pesquisa nas minas de woltram ultimamente registadas pelos Srs. Herculano de Matos Braga, inspector de finanças, deste distrito, Manuel Joaquim de Paiva, estimado farmacêutico desta cidade e Luís Augusto Correia da Cunha, abastado capitalista (Commercio do Minho, 22 de Junho de 1916).
- Pelas 9 horas da noite, declarou-se na Companhia Fabril do Cávado, um grande incêndio. O fogo teve início num depósito de lenhas e originado por faúlhas que saltaram caldeiras, não atingiu proporções assustadoras devido à prontidão dos Bombeiros (Correio do Minho, 23 de Dezembro de 1926)».
- No dia 26 de Março de 1933 processou-se à trasladação das ossadas de Frei Miguel da Ascensão, Frei António da Piedade e Frei Leão de S. Tomás, de Coimbra para a Igreja Paroquial de Mire de Tibães.
- Visita pastoral de Sua EX.ª Reverendíssima em 18 de Julho de 1934 (Diário do Minho de 18/7/1934.
- Inauguração da Escola do Carrascal, em 23-11-1958.
- Inauguração da Escolas de Ruães, 20-12-1959.
- Uma fonte (fontanário) oriunda do Mosteiro de Tibães foi colocada na Arcada da Lapa, em Braga, por compra da Câmara Municipal, em 1979.