Seja bem-vindo a «História por um Canudo».
Aqui encontrarão diversas investigações e publicações sobre áreas do meu interesse:
as minhas impressões;
a minha terra, Mire de Tibães;
o pedagogo e pai dos pobres, Frei Caetano Brandão;
o património de Braga.
domingo, 23 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
MANUEL JOAQUIM RODRIGUES MONTEIRO
terça-feira, 18 de maio de 2010
FÁBRICA DE LUVAS - LUVARIA MONTEIRO
segunda-feira, 17 de maio de 2010
RAÇÃO NO MOSTEIRO DE TIBÃES
Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor da honra e torre de Magalhães (hoje a freguesia de Paço Vedro de Magalhães, no concelho de Ponte da Barca) e do couto de Fontarcada (Póvoa de Lanhoso), nasceu por volta de 1295 e tinha ração no mosteiro de Tibães em 1312. Casou com Alda Anes de Castelões, filha de João Martins de Castelões.
FREI JOSÉ DA APRESENTAÇÃO
Este beneditino de Tibães, nasceu no Porto em 1767 e era, igualmente, conhecido por José Teixeira Barreto. Em 1791 eram dados a conhecer, em Roma, muitas das suas gravuras, em traço de pena.
domingo, 16 de maio de 2010
JOÃO DE ANDRADE CORVO
Economista, homem de ciência, militar, parlamentar, político, dramaturgo, romancista, homem de grande cultura, formou-se na Escola Politécnica de Lisboa. Possui, também, o Curso Engenharia na Escola do Exército, chegando a atingir o posto de coronel. Fez igualmente estudos médicos.
Ministro das Obras Públicas, Comércio e Indústria, tendo desenvolvido leis proteccionistas e construído o caminho-de-ferro do Minho ao Douro.
Foi embaixador de Portugal , Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal durante o Governo de Fontes Pereira de Melo e Ministro da Marinha e Ultramar.
Colaborou em vários periódicos, entre os quais a Revista Universal Lisbonense, o Mosaico, o Arquivo Universal, a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil ou A Época, onde publicou vários textos dramáticos: Nem tudo o que luz é ouro, Um conto ao serão, O astrólogo e O aliciador. Publicou o romance histórico em quatro volumes Um ano na corte, o romance Sentimentalismo e a colectânea Contos em viagem.
sábado, 15 de maio de 2010
quarta-feira, 12 de maio de 2010
FREI CRISÓSTOMO DE SANTO TOMÁS
Nasceu a 27 de Janeiro de 1724 e tomou o hábito de S. Bento, no mosteiro de Tibães, a 27 de Fevereiro de 1741. Transferido para o coristado de Pombeiro, ali demorou sete meses, até se mudar para S. Bento da Saúde, em Lisboa. Quando iam quase findos os quatro anos de coristado, foi frequentar o colégio que então abriu no mosteiro de Palme, onde cursou três anos de Filosofia. Os estudos de Teologia obrigaram-no a transferir-se para o Colégio da Estrela, vindo a concluir, finalmente, o novo curso no Colégio de Coimbra.
Faleceu no Mosteiro de Paço de Sousa pelo Natal de 1783.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
FREI ANTÓNIO DA SOLEDADE, VULGO MARECOS
Segundo a Memória da sua vida lançada no Livro dos óbitos do mosteiro de Paço de Sousa, onde foi conventual e ficou sepultado após a sua morte, em 1776, foi um grande estudioso e perito em Diplomática a que se «aplicou com infatigável trabalho como se mostra das multiplicadas memórias que deixou em todos os Mosteiros onde viveu, e neste [de Paço de Sousa] muito mais, onde, sem rebuço o digo, se lhe devia, levantar hum Busto à sua memória, pois a elle se deve toda a riqueza, deste Cartório onde immensos títulos estavão perdidos e dispersos».
Foi, igualmente, muito aplicado à leitura dos melhores autores, tanto de Teologia como de Moral, amador das Belas Artes e da História Eclesiástica e profana, versado na Geografia.
Completados os seus estudos menores no Porto, foi admitido, com 17 anos, no noviciado de Tibães, passando, a seguir, para o coristado de Rendufe.
Frequentou, de seguida, Filosofia, no mosteiro de Arnoia, e Teologia, no colégio de S. Bento de Coimbra.
sábado, 8 de maio de 2010
CONSIDERAÇÕES DO ABADE DE TIBÃES SOBRE MAFRA
O Palácio-Convento de Mafra tornou-se numa manifestação do regalismo joanino. Elevaram-se vozes discordantes, como as do Padre José Correia Leitão, de Frei Lucas de Santa Catarina ou, nomeadamente, do Abade beneditino de Tibães, exemplar numa exposição e nos argumentos: ao Convento de Mafra, a cuja sagração (galhofa) se recusa assistir, chama ele mesquita, isto é, templo de infiéis, o que o mesmo é dizer templo estranho ao grémio católico apostólico romano.
CAMILO E A ELEIÇÃO DOS ABADES GERAIS DE TIBÃES
A eleição dos Abades Gerais de Tibães e dos Prelados da Congregação nem sempre eram pacíficas, a acrescentar a este facto as reacções externas, concretamente, da Coroa e da Santa Sé. Camilo Castelo Branco sobre este processo eleitoral que se realizava, geralmente, no mês de Maio e trienalmente, emite algumas opiniões que devem ser confrontadas, tendo em conta o seu espírito fértil e anticlerical:
«Parecia mais um praça sitiada e posta em defesa que casa de religião»… ;
«D. João V mandaou desde Lisboa quatro monges veneráveis, com outros vogais, assistir ao Capítulo-Geral de Tibães, para impedir distúrbios iminentes»… ;
«Assim que os monges prudentemente se retiraram»… ;
«Ao findar o triénio, os galopins reuniam-se em Tibães, congregavam-se em consistório e gizavam a traça eleitoral. Se a lei implicava ao traçado, violência no caso (…) Se a oposição era rija, a situação armava-se no Claustro, e o terreiro da portaria coalhava-se de soldados armados, que afugentavam os interventores»… ;
«Baldaram-se as admoestações e ameaças do ministro»… ;
«Rebentou a represa do velho ódio»… .
quarta-feira, 5 de maio de 2010
INTERVENÇÃO PROFERIDA NA INAUGURAÇÃO DO CENTRO DE EXPOSIÇÕES CÓNEGO CÂNDIDO PEDROSA
Ex.mo e Reverendíssimo Sr. Arcebispo Primaz de Braga,
Ex. mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Braga,
Ex.mo Sr. Juiz Presidente da Confraria do BJM,
Ex.mos Membros da Confraria do BJM,
Ex.ma Família do Sr. Cónego Cândido,
Ex.mos Amigos e Amigas do Sr. Cónego Cândido Pedrosa,
Meus Senhores e Minhas Senhoras.
Com este acto solene, a Mesa Administrativa da Confraria do Bom Jesus do Monte recorda com saudade e presta um singelo tributo ao Sr. Cónego Cândido Pedrosa, não esquecendo que a experiência de vida que nos transmitiu foi exemplar, estimulante e encorajadora. Foi uma vida marcada pelo serviço e entrega aos outros. Tivemos a grata experiência de conviver e trabalhar, com ele, numa causa, numa doação desinteressada, num afecto enorme que une todos os que gostam e admiram a Estância do Bom Jesus do Monte, deste ímpar património arquitectónico, ambiental, religioso e turístico, deste oásis encantador, maravilhosamente apropriado ao restauro das forças do espírito e do corpo. Como ele trabalhou incansavelmente no engrandecimento da formosa estância e no rejuvenescimento da devoção à Paixão e Morte do Senhor!
Todos os Mesários da Confraria do Bom Jesus do Monte realçam as virtudes do Cónego Cândido, que no exercício do seu múnus apostólico, bem como no seu contacto social, projectou um espírito de unidade entre todos, com o carisma que lhe era peculiar, de gerar um ambiente de serenidade e firmeza em opções assumidas no exercício de funções. A todos estimulava, congregava, e não só conferia o sentido de responsabilidade, como de confiança e autonomia.
A actual Mesa Administrativa da Confraria do Bom Jesus do Monte decidiu, por unanimidade, homenagear o seu anterior Juiz Presidente, através de três iniciativas:
- atribuir o nome Centro de Exposições Cónego Cândido Pedrosa ao espaço que, outrora, fora destinado a Museu;
- Publicar uma curta biografia que, também, tem por título «Centro de Exposições Cónego Cândido Pedrosa»;
- Promover uma exposição intitulada «Cruzes».
O tema desta exposição foi intencional. Está relacionado com o Dia da Invenção da Santa Cruz, que hoje é evocado no calendário litúrgico e que, no passado, era uma das grandes celebrações que ocorriam nesta estância, entre outras, a Ascensão do Senhor, o Espírito Santo, o Aniversário da Sagração do Templo e a Quaresma.
Não olvidamos, igualmente, que a escolha do título da exposição «Cruzes» se relaciona com a vida e a obra do homenageado. Para o Juiz Presidente da Confraria desta Colina Sagrada, «a Cruz seria uma escada que o levaria ao céu», conforme podemos retirar das suas palavras: «É preciso acreditar na Cruz. Escolher Jesus crucificado e acreditar que detrás da dor está o seu rosto, que é amor pessoal para mim e para todos».
O Sr. Cónego Cândido Pedrosa foi um homem de “causas e de lutas”, a maior delas contra a doença, nos últimos quatro anos, que o levou mais cedo do meio de nós, sem abandonar as suas comunidades e tarefas: quarenta anos de vida sacerdotal nesta terra, vividos intensamente como Pároco nas freguesias da Aguçadora, S.to Adrião e Nogueira, Prefeito e Professor do Seminário, Director Interno da Oficina de S. José, Conselheiro Espiritual nos Movimentos da Pastoral Familiar, Arcipreste, Juiz Presidente da Confraria do Bom Jesus do Monte, Presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Hotéis do Bom Jesus, Sacerdote Focolarino e Capitular do Cabido Bracarense.
É vã uma fé sem obras. E as suas obras falam, sobretudo, do seu modo particular de acreditar, na especial e sempre presente, providência de Deus, materializando-se na construção de algumas obras que o perpetuarão.
Diríamos que no curto espaço de tempo, 6 anos, que esteve à frente dos desígnios e vicissitudes da Confraria do Bom Jesus do Monte «fez muito em tão pouco tempo».
A sua obra, neste Ex-Líbris de Braga, do Norte e de Portugal, está à frente de todos e pode ser, agora, revisitada com outros olhos. Se a árvore é conhecida pelos seus frutos, o Sr. Cónego Cândido Pedrosa deixou a sua assinatura no lançamento e concretização dos projectos de reabilitação, pois o património da estância encontrava-se altamente degradado e, em alguns casos, em ruína. Tudo reclamava uma reabilitação inadiável: A reconstrução do Hotel do Templo e do Hotel do Lago; a recuperação total do elevador; a recuperação da colunata e salão de chá e respectiva transformação num Centro de Congressos; a reconstrução da Casa das Estampas / Museu; o restauro das Capelas do Santíssimo e das Relíquias; o restauro de telas; os arruamentos e caminhos; a pavimentação do adro; as vedações e entradas; a Iluminação monumental; a Iluminação geral; as águas e saneamento; a mata e Jardins. A estância do Bom Jesus apresenta-se, agora, após a implementação do projecto de reabilitação, mais renovada e mais atractiva para os devotos e visitantes, já que foram assegurados alguns equipamentos para melhor acolhimento das pessoas.
O Sr. Cónego Cândido Pedrosa esteve sempre ligado ao Mar. Talvez, por isso, ele tenha sido um verdadeiro timoneiro da reabilitação do Bom Jesus, fazendo rolar as ondas do tempo e as fraquezas dos lemes, nunca perdendo o sentido do porto. Sempre com o total apoio dos mesários da confraria, pescadores experimentados, batidos por todos os ventos e habituados às águas agitadas. Estes pescadores sentiram o bramir das ondas e o roncar dos ventos, mas nos diferentes momentos souberam, com o seu Mestre, guiar esta barca delicada, venerável na antiguidade, de uma riqueza patrimonial ímpar e que necessita de todo o nosso empenhamento para a sua conservação, reabilitação e engrandecimento.
José Carlos Gonçalves Peixoto, Mesário da Confraria do Bom Jesus do Monte
terça-feira, 4 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
LANÇAMENTO DE PUBLICAÇÃO
O Correio do Minho de 2-05-2010 divulga o lançamento da nossa publicação CENTRO DE EXPOSIÇÕES CÓNEGO CÂNDIDO PEDROSA que terá lugar no Bom Jesus do Monte, no dia 3 de Maio, pelas 18.30 hs.