sábado, 8 de maio de 2010

CAMILO E A ELEIÇÃO DOS ABADES GERAIS DE TIBÃES

A eleição dos Abades Gerais de Tibães e dos Prelados da Congregação nem sempre eram pacíficas, a acrescentar a este facto as reacções externas, concretamente, da Coroa e da Santa Sé. Camilo Castelo Branco sobre este processo eleitoral que se realizava, geralmente, no mês de Maio e trienalmente, emite algumas opiniões que devem ser confrontadas, tendo em conta o seu espírito fértil e anticlerical:
«Parecia mais um praça sitiada e posta em defesa que casa de religião»… ;
«D. João V mandaou desde Lisboa quatro monges veneráveis, com outros vogais, assistir ao Capítulo-Geral de Tibães, para impedir distúrbios iminentes»… ;
«Assim que os monges prudentemente se retiraram»… ;
«Ao findar o triénio, os galopins reuniam-se em Tibães, congregavam-se em consistório e gizavam a traça eleitoral. Se a lei implicava ao traçado, violência no caso (…) Se a oposição era rija, a situação armava-se no Claustro, e o terreiro da portaria coalhava-se de soldados armados, que afugentavam os interventores»… ;
«Baldaram-se as admoestações e ameaças do ministro»… ;
«Rebentou a represa do velho ódio»… .