A freguesia de Mire de Tibães não pode esquecer, de modo algum, a festa do seu padroeiro, S. Martinho de Tours, cuja imagem em terracota da autoria do monge beneditino Fr. Cipriano da Cruz (séc. XVIII) figura ao lado de S. Bento e S. Escolástica, na fachada da Igreja, ocupando três nichos ornamentados com frontões, pilastras e voluptas.
No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro. Nasceu no ano 316, filho de um oficial romano, na Panónia (região da actual Hungria). O facto de o seu dia coincidir com a altura do calendário rural, em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste Santo tenha toda uma componente de exuberância que actualmente tende a prevalecer.
O S. Martinho é também uma ocasião de magustos, de castanhas, da matança do porco, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e convivem livremente.
Há muitos episódios lendários ligados a S. Martinho. Parece que em seu redor as coisas aconteciam sempre melhor, eram mais belas e mais cheias de inspiração: o mal transformava-se em bem, as pessoas tinham visões maravilhosas, a própria natureza tornava-se espelho da bondade e da vontade do Santo.
O mais conhecido dos episódios de S. Martinho é aquele em que partilha a sua capa com um pobre. Mas há quem também associe a ideia do Verão de S. Martinho ao facto milagroso de terem florido umas árvores quando o corpo do Santo foi levado de barco do sítio onde tinha morrido, para Tours onde foi enterrado.
De ser tão popular não podiam faltar os aforismas ligados a S. Martinho: no dia de S. Martinho, vai à adega e prova o teu vinho; pelo S. Martinho castanhas assadas, pão e vinho; Verão de S. Martinho são três dias e mais um bocadinho; em dia de S. Martinho atesta e abatoca o teu vinho.
Recordo a Festa de S. Martinho de 1933, cuja comissão de festas entregou ao Abade 111#00, dinheiro destinado ao fogo, mas que, naquele ano, não queimaram porque o coadjutor Padre Bento Alves Ferreira se encontrava doente. Nem, por isso, faltaram os Magustos nesse ano, no dia 16 de Novembro de 1933, para as crianças, no Largo do Anjo, com a presença das Senhoras D. Maria Amália Monteiro Vieira Marques Pádua e D. Berta Amália Araújo Esmeriz e no dia 26 de Novembro foi a vez dos adultos, na Capelinha de S. Bento, contando com a presença dos trabalhadores da Livraria Pax e do Tenente Alípio Vicente.
Recordo a Festa de S. Martinho de 1933, cuja comissão de festas entregou ao Abade 111#00, dinheiro destinado ao fogo, mas que, naquele ano, não queimaram porque o coadjutor Padre Bento Alves Ferreira se encontrava doente. Nem, por isso, faltaram os Magustos nesse ano, no dia 16 de Novembro de 1933, para as crianças, no Largo do Anjo, com a presença das Senhoras D. Maria Amália Monteiro Vieira Marques Pádua e D. Berta Amália Araújo Esmeriz e no dia 26 de Novembro foi a vez dos adultos, na Capelinha de S. Bento, contando com a presença dos trabalhadores da Livraria Pax e do Tenente Alípio Vicente.
Também anualmente os moradores do Lugar da Barrosa, comunidade bastante unida, comemoram efusivamente o seu padroeiro. No presente ano de 2007, a paróquia, o Mosteiro e a Junta de Freguesia vão assinalar o seu padroeiro com um programa muito diversificado e rico culturalmente: um concerto pelo Ensemble de Sopros da Orquestra de Câmara do Minho; Reviver o Jantar dos Monges; Procissão; Missa solene; Conto Infantil «A lenda de S. Martinho»; terminando com o tradicional Magusto.