Nesta noite de Páscoa, escrevo para muitos emigrantes, que longe lutam pelo pão, mas com o espírito presente na sua aldeia, no seu lugar, nas Páscoas anteriormente vividas, mas que, agora, o tempo não permite.
Na Páscoa (do hebraico Pessach, passagem) comemoramos a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C.
O Compasso Pascal é, com certeza, a maior manifestação da festa da Páscoa no Minho, sendo aproveitado para a reunião das famílias.
O Compasso Pascal é, com certeza, a maior manifestação da festa da Páscoa no Minho, sendo aproveitado para a reunião das famílias.
O Norte está recheado de tradições como o “compasso”, que de porta em porta à espera do anúncio da “aleluia”, ao som do toque das campainhas e o olhar sempre caído nas doçarias tradicionais.
O compasso anda na rua! Familiares, vizinhos e amigos apressam-se a desejar as "Boas Festas", enquanto que o Padre, de casa em casa, leva a mensagem: Cristo Ressuscitou / Aleluia … Aleluia …
Este ano, em Tibães, o compasso saiu à rua pelas 08.00 horas, já o sol envergonhado cobria esta terra com os seus doces raios, em contraste recolheu, com uma pequena procissão a partir do cruzeiro, pelas 19.30 com gotas de chuva, quais pingos de mel.
Durante todo o dia, cinco cruzes, duas presididas por padres e três por leigos, mais os mordomos da cruz e da cera, convidados com os saquinhos para as ofertas, com a caldeira da água benta, rapazes das sinetas, entraram em todas as casas da freguesia, recebidos com alegria por uns, com foguetes por um ou outro, com uma mesa farta por alguns, com esperança que a dor desapareça, ainda, por outros.
A Páscoa, nesta terra, é preparada e vivida com muita fé, embora a tradição tenha sofrido algumas alterações, até já não se estreia a roupa nova como era antigamente.