quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MONUMENTOS EM BRAGA

MONUMENTO AOS IRMÁOS ROBY

Os Irmãos Roby, foram dois irmãos, nascidos em Braga, que morreram nas campanhas de pacificação de África no início do século XX. Os irmãos nasceram na família do Solar de Infías, em Braga. João Roby o mais velho nasceu a 30 de Dezembro de 1875. Alistou-se na marinha, tendo prestado serviço, em Angola, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Portugal Continental. Em 1904 é organizada em Angola numa expedição contra os Cuanhamas, sob o comando do capitão Roque Aguiar, para pacificar a região. João Roby participa dum destacamento de 499 homens, comandado pelo capitão de Artilharia Luís Pinto de Almeida. Em 25 de Setembro, em Umpungo, o destacamento cai numa emboscada. Como resultado, dos 499 homens, 254 foram mortos ou ficaram desaparecidos, dos quais 16 oficiais. Ninguém conseguiu reconhecer os restos mortais de João Roby, que aos 28 anos terminava a sua carreira ao serviço da Pátria. João Roby recebeu várias condecorações, todas ganhas na linha de fogo, destacando-se as Medalhas de prata da Rainha D. Amélia, Cavaleiro da Ordem de Torre e Espada e Oficial da ordem de Torre e Espada. Sebastião Roby foi capitão de infantaria, morto numa emboscada na mesma região, em 10 de Julho de 1915.

ESTÁTUA A PIO XII

Estátua no Largo da Senhora-a-Branca. Inaugurada em 15 de Maio de 1957. Escultura de Raul Xavier.
Pio XII, de seu nome Eugenio Giuseppe Maria Giovanni Pacelli (Roma, 1876-1958). Foi papa do dia 2 de Março de 1939 até à data da sua morte. Foi o único Papa do século XX a exercer o Magistério Extraordinário da infalibilidade papal – invocado por Pio IX – quando definiu o dogma da Assunção em 1950 na sua encíclica Munificentissimus Deus. A sua acção durante a Segunda Guerra Mundial tem sido alvo de debate e polémica. Foi proclamando Venerável pelo Papa João Paulo II na década de 1990.

BUSTO A CONDE DE AGROLONGO
José Francisco Correia (1853-1929) foi um industrial, filantropo e mecenas português. Nasceu em São Lourenço de Sande, concelho de Guimarães a 14 de Fevereiro de 1853. Com 10 anos parte para o Brasil, estabelecendo-se em Niterói. Com 18 anos cria a sua própria indústria, no ramo de tabacos, a Fábrica de Fumos Veado. O seu sucesso foi imediato. A fábrica acabaria por ser absorvida no início do século XX pela Companhia Sousa Cruz. Dedicou-se à fotografia, tornando-se um dos pioneiros da fotografia amadora no país e um dos raros autores oitocentistas a realizar fotografias de nus no Brasil. O Conde de Agrolongo, José Francisco Correia (1853-1929) foi um industrial, filantropo e mecenas português.

BUSTO A FREI CAETANO BRANDÃO
Inaugurado em 1906.
Localizado nas instalações do Colégio de S. Caetano.

BUSTO A DOMINGOS LEITE PEREIRA
Situado no Largo de Infias. Domingos Leite Pereira (BRAGA, 1882-1956), foi um político português. Licenciou-se em Teologia e no Curso Superior de Letras na Universidade de Coimbra. Ao longo da sua vida ocupou muitos e variados cargos políticos, entre os quais se destacam: Presidente da Câmara Municipal de Braga depois da República; Deputado às constituintes pelo Partido Democrático; Presidente da Câmara dos Deputados; Ministro da instrução pública no governo de José Relvas em 1919.; Primeiro Ministro (Presidente do ministério) por três vezes: de 30 de Março a 29 de Junho de 1919; de 21 de Janeiro a 8 de Março de 1920; e de 1 de Agosto a 17 de Dezembro de 1925; Ministro dos negócios estrangeiros em vários governos: nos de Álvaro de Castro (de 20 a 30 de Novembro de 1920); Liberato damião Ribeiro Pinto (de 30 de Novembro de 1920 a 2 de Março de 1921); Bernardino Machado (de 2 de Março a 23 de Maio de 1921); António Maria da Silva (de 30 de Novembro de 1922 a 15 de Novembro de 1923); e, de novo, Álvaro de Castro (de 18 de Dezembro de 1923 a 6 de Julho de 1924). Depois da sua vida política, foi presidente da Companhia de Seguros Douro até à sua morte em 1956.

MONUMENTO AO PAPA
Erigido em 1987, em honra da visita do Papa J. Paulo II em 13/5/1982, é no dizer dos autores (Escultor Zulmiro de Carvalho e Arquitecto Domingues Tavares), uma “forma do nosso tempo” que engloba três elementos: uma placa circular, colocada no passo dos transeuntes, um muro como percurso do olhar e uma cripta, onde sobressaem três pirâmides, que poderão identificar como três sacro-montes de Braga (Bom Jesus, Sameiro e Falperra).

ESTÁTUA AO GENERAL GOMES DA COSTA
Inaugurada em 28 de Maio de 1966, na Praça Conde de Agrolongo (Campo da Vinha). Manuel de Oliveira Gomes da Costa (lisboa, 14 de Janeiro de 1863 - Lisboa, 17 de Dezembro de 1929), oficial do exército e político português, décimo Presidente da República e o segundo da Ditadura. Enquanto militar, destacou-se nas campanhas de pacificação das colónias, em África e na Índia, e ainda na Grande Guerra. Enquanto político, foi o líder que a direita conservadora encontrou para liderar a Revolução de 28 de Maio de 1926, com início em Braga (isto após a morte do general Alves Roçadas, que deveria ter sido o seu chefe). Não assumiu de início o poder, que foi confiado a Mendes Cabeçadas, o líder da revolução em Lisboa; como os revolucionários julgassem a atitude deste um pouco frouxa, Gomes da Costa viria, após sucessivas reuniões conspirativas mantidas no quartel-general de Sacavém, a alcançar o Poder, após um golpe ocorrido em 17 de Junho de 1926. No entanto, o seu governo não durou muito mais que o de Mendes Cabeçadas; em 9 de Julho do mesmo ano, uma nova contra-revolução, chefiada pelo general Óscar Carmona, derrubou Gomes da Costa, incapaz de lidar com os dossiers governativos.
Carmona, agora Presidente do Conselho de Ministros, enviou-o para o exílio nos Açores, e fê-lo Marechal do Exército português. Em Setembro de 1927 regressou à Metrópole, tendo falecido em condições miseráveis, sozinho e pobre.

ESTÁTUA AO COMENDADOR SANTOS DA CUNHA

Localizada na rotunda com o mesmo nome.
Santos da Cunha foi um profundo defensor dos interesses da cidade. Foi Governador Civil, Presidente da Câmara e Deputado.

ESTÁTUA A FRANCISCO SANCHES
Nasceu no território pertencente à diocese de Braga, em 1550 e foi baptizado na igreja paroquial de S. João do Souto, da mesma cidade, em 25 de Julho de 1551. Com 12 anos saiu de Portugal e foi para Bordéus, onde se matriculou e frequentou o famoso colégio de Guiana, que era um foco intenso de renovação intelectual, em que influíam o Renascimento italiano e o reformismo religioso. Em 1569 abalou de Bordéus para a Itália. Seguiu ali estudos de medicina, aprendendo a investigar em cadáveres. Mais tarde, de novo em França, prosseguiu essa prática no hospital de Toulouse (Tolosa), onde foi director dos serviços médicos durante mais de trinta anos. Em 1573 matriculou-se na Faculdade de Medicina de Mompilher e, dois anos depois, fixou residência em Toulouse, onde permaneceu até ao fim da vida, ensinando medicina, tendo sido considerado nesta universidade um dos mestres mais ilustres. Como homenagem póstuma foi colocado o seu retrato num dos ângulos da sala dos Actos e lá permanece. Também Braga não o esqueceu, levantando-lhe uma estátua e dando o seu nome a uma escola. Além de médico foi também um eminente filósofo: contestou a filosofia de Aristóteles e o pretenso saber da escolástica, mostrando o falível do testemunho dos sentidos, denunciando a ineficácia dos métodos tradicionais e tentou definir o seu próprio ideal de conhecimento. A sua obra principal saiu na I edição (Lião, 1581), com o título "Quod nihil scitur" (Que nada se sabe), mas a II edição (Francforte, 1518), trouxe o título mais condicente com o seu pensamento: "De multum nobili et prima universali scientia quod nihil scitur". Além deste e de muitos outros trabalhos filosóficos, que constituem a magnífica "Opera médica". Desapareceu do número dos vivos em 1622.

ESTÁTUA A D. JOÃO PECULIAR
Nasceu em Coimbra, em data desconhecida. Sabe-se que estudou em Coimbra e em Paris. Em 1123 fundou o Convento de São Cristovão de lafões, na beira, próximo de S. Pedro do Sul.
Foi Bispo do porto em 1136 e Arcebispo de Braga entre 1138 e 1175.
Foi quem coroou D. Afonso Henriques, Primeiro Rei de Portugal nas cortes celebradas em Lamego em 1143. Foi o organizador do encontro do rei português, com Afonso VII de Leão e castela em 4 e 5 de Outubro de 1143, do qual resultou o Tratado de Zamora, que marca a independência de Portugal. Acompanhou sempre o novo rei e assistiu à Conquista de Lisboa em 1147. D. João Peculiar fez 14 vezes a viagem de Braga a Roma, para convencer o Papa Inocêncio II a reconhecer a D. Afonso Henriques o título de rei – o que só viria a acontecer em Maio de 1179 pelo papa Alexandre III. O arcebispo faleceu em 3 de Dezembro de 1175 e foi sepultado na Sé de Braga.

ESTÁTUA A D. PEDRO V

Estátua inaugurada em 31 de Julho de 1879. Localizada no Campo Novo.

BUSTO A JOÃO PENHA
Nasceu em Braga em 1838. Foi um grande poeta tendo constituído as seguintes obras: Rimas (Lisboa, 1882), Viagem por Terra ao País dos Sonhos (Porto, 1898), Novas Rimas (Coimbra, 1905), Ecos do Passado (Porto, 1914), Últimas Rimas (Porto, 1919), Canto do Cisne (Lisboa, 1923). Morreu pobre, surdo e esquecido em 1919.