Esta festa religiosa abarca o período que vai da Quarta-Feira de Cinzas até ao Dia de Páscoa.
As solenidades da semana santa, em Braga, são, para além de uma manifestação religiosa, um fenómeno de turismo religioso.
A celebração completa da semana santa integra um conjunto de actos religiosos, celebrações eucarísticas, a imposição das cinzas, o lausperene quaresmal, a Via Sacra, a procissão da penitência, a procissão dos passos, a procissão dos fogaréus, a procissão teofórica do enterro, a procissão da burrinha, a vigília pascal, concertos, exposições que constituem um dos cartazes turísticos mais importantes de Portugal.
Com tradições que remontam aos primórdios do século, a Semana Santa em Braga é o expoente máximo das solenidades pascais do país e do norte da Península Ibérica. Durante uma semana, a cidade de Braga acolhe milhares de peregrinos oriundos de todo o país e da vizinha Galiza, para participar numa das manifestações que constitui um dos mais notáveis cartazes do turismo religioso.
Os archotes, as velas e os milhares de pessoas que se dispõem ao longo das ruas para ver passar as procissões, em especial as do Senhor Ecce-Homo e do Enterro do Senhor, configuram um quadro ímpar das festividades e transmitem uma tradição enraizado num ritual dominado pelo conjunto de procissões nocturnas envoltas numa forte intensidade dramática.
A Procissão do Senhor Ecce-Homo, tem lugar na noite de Quinta-Feira Santa. Com origens na visita que outrora se efectuava às sete igrejas, inspirada nas Sete Estações Romanas, que, como reza o Compromisso Cerimonial da Santa Casa da Misericórdia de Braga, reflectia «a penitência aos fiéis cristãos que reconheceram os seus pecados».
No dia seguinte, na Sexta-Feira Santa, é a vez de se realizar a procissão do Enterro do Senhor. Este cortejo religioso é o mais solene de todos os que na Semana Santa se organizam. Os mesários e irmãos da Misericórdia e Santa Cruz, encapuzados, as varas a rasto, os Reverendo Cónegos com os mantos e varas arrastados pelos lajedos, os figurados, também arrastando as cruzes, como os pendões, bandeiras das congregações, juizes com varas, provocam como que um gemido de consternação. De longe a longe, este sussurro é quebrado pelo som entoado por uma personagem que segue o Esquife do Senhor: (Ai! Ai! Senhor Salvador Nosso!).
O rugir das matracas dos faricocos, o bater das varas dos irmãos da misericórdia que se ouvem na procissão da Quirita-Feira Santa, dão lugar a um silêncio avassalador na procissão do Enterro do Senhor. O cortejo religioso sai da Sé Catedral, a onde regressa depois de percorrer as principais artérias do centro da cidade.
A Procissão da Burrinha ou Procissão das Dores representa a «fuga» da Sagrada Família para o Egipto, com Nossa Senhora sentada numa burrinha e o menino ao colo.
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