Camilo Castelo Branco descrevia Angélica Florinda, uma donzela de dezassete anos de Cabeceiras de Basto, assim: «alta, reforçada, nalgas e espáduas boleadas, breve cintura separando os tumentes seios das ancas maciças e rotundas», por outras palavras «era a tentação dos homens e dos anjos”.
Era farejada por muitos, por um tio materno brasileiro, pelo capitão-mor de Cabeceiras de Basto, por frades bentos de São Miguel de Refojos, o juiz dos órfãos, o escrivão das sisas, o boticário e o mestre-escola.
No entanto, Angélica enquanto esperava pela missa, relançou os olhos pelo coro e avistou Frei Tomás, aquele a quem Angélica Florinda ama e que por ele é amada.
Frei Tomás (Tomás de Aquino) era o segundo filho de uma família afidalgada das terras de Basto. O primeiro filho seria o Morgado, caberia ao segundo um lugar no convento. Assim fez o noviciado em Tibães. Em seguida professou e chamou-se Frei Tomás de S. Plácido. De Tibães transferiu-se para S. Miguel de Refojos para estudar Humanidades.
Outros dois frades concorriam e cortejavam Angélica, Frei Joaquim de Sepulcro e o outro Frei António do Vale.
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